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Soraya T.


_Soso, você tá linda_ elogiou a minha cunhada.

_Obrigada querida, você está perfeita também_ me virei para ela.

_E então, como se sente?_ ela pegou as minhas mãos.

_Nervosa, não vou mentir, mas me sinto feliz, como nunca me senti_ fui sincera.

_E será mais ainda feliz, pode ter certeza soso_ disse.

Nos abraçamos, recebi suas palavras de conforto, ela sabe que esse dia tá mexendo muito comigo, mas a Simone é a Simone, vai dar tudo certo, repito isso para mim, pelo trauma que carrego.

_Agora vamos lá_ pegou em minha mão.

Segurei meu vestido de uma forma melhor para descer as escadas, do jeito que sou, usando esse salto sou capaz de tropeçar e acabar lá em baixo.

_Olha como sua mãe tá linda meu amor_ ela saiu com o Théo do quarto.

_Ei filhão, suas mães vão casar meu amor_ meus olhos se encheram de lágrimas.

Minha mãe chegou ali no uber, saímos com a bolsa do Théo, tivemos todo o cuidado para entrar no carro, fiquei no banco de trás, junto de Gleisi, meu filho foi no colo da avó, a mesma tinha acabado de voltar da igreja, deixou meu coração mais tranquilo quando disse que estava tudo bem lá.

_Ela está ansiosa também minha filha_ mamãe falou.

_Duas ansiosas tia Ilda, elas precisam acalmar esse coração_ disse a baixinha.

Seguimos para o caminho da igreja, as duas mulheres saíram primeiro, junto com o meu pequeno, me deixando no carro por enquanto.

_Vai dar tudo certo, vai dar tudo certo_ sussurrei.

Haviam poucos convidados, estava Janja, hoje a namorada da Gleisi, essa sim ama a minha cunhada de verdade, não foi só de palavras como o tal Lindh, teve atitude e respeito também pelo tempo da loirinha.

Tinha alguns colegas meus da escola, e alguns também da Simone, clientes fiéis dela estavam ali presentes também, passado mais alguns minutos, mamãe apareceu, ela entraria comigo.

_Vamos lá minha filha_ ela abriu a porta do carro.

Segurei em sua mão, saí com cuidado, ela me ajudou, parei e olhei para a igreja, não queria, mas acabei lembrando do dia que eu sofri aquela humilhação, preciso me libertar desse trauma, e eu sei que Simone irá me ajudar.

_Ela está aguardando por você_ olhei e sorri para minha mãe.

A música começou a tocar, segurei firme no braço da minha mãe, mantinha o aperto firme no buquê de flores, paramos na porta, logo então fomos entrando, havia pouca gente, mas eu me senti feliz com essa simplicidade.

Gleisi tentava conter sua emoção, sorri na direção dela, olhei para os outros, e então olhei diretamente para Simone, sorrimos uma para a outra, ela estava tão perfeita no seu terninho branco.

_Está entregue minha filha_ mij mãe beijou minha testa.

Simone pegou em minha mão, também beijou a minha testa, nos viramos para o padre, para que logo ele inicia-se a cerimônia, sua celebração havia sido linda, chorei, não vou negar, até chegar na parte principal.

_Soraya Thronicke, você aceita Simone Tebet como sua legítima esposa?_ ele olhou para mim.

_S-sim, eu aceito_ deixei uma lágrima cair.

A dona do bar (simoraya)Onde histórias criam vida. Descubra agora