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_Para de brabeza mulher, vamos logo dona onça_ chamou a morena pela quinta vez Soraya.

_Eu não vou mais, vai você sozinha, ah_ a loira cruzou os braços.

_Céus, o que eu fiz?_ perguntou a outra olhando pra cima.

_Eu vou lavar aquela roupa que..._ a baixinha ia dizer.

_Vai a lugar nenhum agora_ falou firme a mais velha.

Logo puxou a loira pelo braço e a empurrou contra a parede, avançando naqueles lábios que já amava tanto, desde quando os beijou ficou ainda mais louca por eles.

Sua língua foi enfiada na boca da mulher que estava brava, que gemeu assim que teve contato com a sua língua também, se separaram quando o ar faltou.

_Não venha me amansar com esse beijo não_ disse ofegante a menor.

_Vamos parar com isso soso, vamos comigo, vai ser legal_ insistiu.

_Não sei, perdi a vontade_ deu de ombros, indo para seu quarto.

Se aproximou da janela e ficou ali olhando para o lado de fora, uma lágrima escorreu, mas limpou rapidamente de seu rosto, lembrou de quando não sentia tanto ciúme assim do seu ex, mesmo ele mantendo contato com a ex dele, nem ligava muito, mas com Simone é diferente, só dela ver uma mulher alisar o braço de sua morena, ficou possessa.

Mas talvez o fato dela ficar assim se deve ao medo que está dentro de si, de outra vez ser abandonada, sofrer uma nova decepção, sofre só de imaginar essa situação, por isso chora, em silêncio, pra dor ser ainda maior.

_Sol, podemos ir para outro lugar então_ Simone chegou no quartinho da outra dizendo.

_Não quero ir mais, Simone, acho melhor eu ficar por aqui mesmo_ disse com a voz embargada.

_E você está chorando?_ perguntou.

_Não, caiu um cisco no meu olho_ inventou.

_Olha pra mim, vem cá, deixa eu te dar um abraço e mostrar que é somente você que eu quero nessa vida_ Soraya correu para os braços da maior.

Abraçou com força, sentiu os braços da outra ao redor do seu pequeno corpo, fazendo um carinho em sua costa, logo pegou a mulher no colo e levou para a cama do seu quarto.

_Quero que traga suas coisas para cá_ Simone apontou para seu guarda roupa.

_Está falando sério? de verdade?_ a baixinha deu um sorriso.

_Sim, estamos juntas agora, quero dividir tudo com você, da dor ao amor_ sorriu para a sol, já tinham uma semana de namoro.

Ela procurava também entender essa forma da Soraya agir diante da situação que ocorreu mais cedo, imagina que não foi nada fácil ser deixada em pleno altar, então, é normal que ela possa se sentir assim por ver o que viu mais cedo.

_Desculpa, não sabia que isso ia te machucar tanto_ sentou ao lado da loira.

_Eu que sou boba mesmo, brigando por besteira_ disse.

_Não sol, não é besteira, não diminua o que você sente_

_Mas é verdade sisa, eu errei, eu..._

_Não, não é verdade, você carrega muitos traumas, eu entendo sua reação_

_Mesmo assim, os traumas são meus, não posso despejá-los em cima de você_

A dona do bar (simoraya)Onde histórias criam vida. Descubra agora