Simone T.
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☟_Eu gostei dela, mana_ ouvi minha irmã dizer.
_E cadê ela?_ perguntei.
_Foi lá no quarto onde dormiu essa noite, pegar o celular_ avisou.
Olhava no notebook algumas coisas que preciso comprar, e com isso, vou precisar viajar, ir para cidade grande, pois aqui não tem, e preciso dessas coisas para o bar logo, minha irmã saiu da cozinha, terminei o que fazia e fui até meu estabelecimento, só abriria ele à noite, como sempre é, daqui até lá, dá pra dar uma geral da bagunça que fizeram ontem.
_Oi Simone, eu queria pedir um último favor à... vocês_ falou essa parte quando Gleisi chegou ali também.
_Pode pedir, dona, e não diga que é um último favor_ falou minha irmã em tom brincalhão.
_Bem, eu preciso sacar um dinheiro, para comprar algumas roupas e pagar a pousada onde pretendo ficar_ explicou.
_E qual favor você quer pedir?_ perguntei.
_Bom, só preciso que me digam onde fica um ponto de táxi, para que me leve ao banco_ disse.
_A minha irmã pode levar você_ Gleisi e sua mania de pegar situações e jogar pra cima de mim.
_Eu não quero atrapalhar, apenas me digam onde..._ minha irmã desceu do balcão onde sentou minutos antes.
_Ela leva você, não é Simone?_ me olhou.
_Sua irmã tem as coisas dela para fazer, não quero incomodar mais do que..._ olhei pra ela.
_Não vai incomodar não, eu arrumo tudo aqui, é melhor ela levar você do que qualquer um_ disse Gleisi.
_Os taxistas não são confiáveis?_ perguntou.
_É que você é nova aqui na cidade, eles podem querer tirar proveito disso... entende?_ explicou para a loira.
_Entendo, mas..._ tentou dizer.
_Leva ela Simone, eu cuido das coisas aqui_ insistiu Gleisi de novo.
_Tudo bem, eu levo, vou só pegar as chaves_ falei.
Deixei as duas ali e segui na direção da escada, logo cheguei ao meu quarto, onde a loira dormiu ontem, olhei para o vestido dela que agora tava dobrado, perto dos saltos, fui até lá e peguei do chão, colocando sobre a cadeira, e fiquei olhando para o mesmo, como alguém é capaz de fazer uma coisa dessas?
É muita humilhação, isso não se deveria fazer com ninguém, olha o que isso causou nela, fazendo-a parar em um lugar totalmente desconhecido, a sorte dela é que minha irmã insistiu muito para que eu deixasse a moça passar a noite aqui.
_Seja lá quem foi que fez isso, foi um grande canalha_ disse, olhando para o vestido.
Peguei minhas chaves do carro, troquei os chinelos por um sapato, passei um pouco de perfume, e logo saí, aparecendo ali onde elas de novo.
_Bom, então vamos lá_ ela deu um sorriso tímido.
_Desde já agradeço mais uma vez_ falou.
Saímos andando lado a lado, até o meu carro, destravei a porta e abri para ela, fechei em seguida que ela entrou, dei a volta para entrar no lado do motorista, liguei e dei partida, alguns curiosos já nos olhavam, queriam saber quem era ela e o que havia acontecido, tenho certeza, já ouvi os burburinhos desde mais cedo, fazendo cada um suas suposições.