Minha outra pequena metade.

Epílogo.

O quarto deles estava decorado com pétalas vermelhas, simbólicas de luxúria e amor. Trilhavam um caminho bonito e delicado, até o ninho nupcial que Jimin preparou para receber o alfa, também espalhando-se nos lençóis de seda de cor dourada reluzente, tudo nos mínimos detalhes.

Velas aromáticas pousavam deixando o ambiente mais agradável, uma música baixa soava de maneira calma. Estava tudo organizado para ser algo único dos dois amantes recém-casados, e óbvio, tudo feito pelo próprio Jimin e sua avó casamento. Foi uma surpresa para Jungkook, mas ele não teve muito tempo para indignação ou reação de surpresa, o alfa queria desembrulhar o presente de uma vez.

O casal caiu na cama aos beijos apaixonados, com o ômega por cima, algumas pétalas saltaram voando pelo ar quando ambos afundaram no colchão macio. Jimin sentou no colo do alfa observando cada detalhe de seu angelical rosto, enquanto ele permanecia deitado.

Jungkook estava ofegante, quase sem o traje, corado e nitidamente ansioso, nem despediu-se dos convidados devidamente, ambos não completaram as outras tradições do casamento, como jogar o buquê de rosas, a valsa do casal, cortar o bolo juntos, porque eles são lobos, e tudo pareceu tão insignificante naquele momento, assim que acharam a hora de acasalar nos costumes deles.

Jungkook sentia alguns requisitos de seu cio iniciando, ainda mais depois das doze baladas da meia noite, indicando seu aniversário e maioridade. Jimin sabia, então não tardou tanto em desfivelar o cinto do alfa, e puxa-lo do cós da calça branca.

Inclinou-se para voltar a beijar o marido com volúpia e desejo, era tão bom sentir a excitação do alfa quando ele chupava com tanta dedicação sua língua, seus lábios gordinhos.

— Jungkook, está confortável mesmo em fazer isso? Sabe que podemos esperar o tempo que for necessário. Você acabou de fazer dezoito anos, temos o resto da vida pela frente.

Jungkook estava como um filhote envergonhado, corado a beira de um ataque cardíaco, tudo por conta das pequenas mãos do marido abrindo os botões da calça, e puxando com leveza para baixo, mas o olhar de Jimin ainda pedia permissão para continuar.

— Jimin-ssi, vai doer? — Perguntou, os olhos negros desviaram por alguns segundos, e ele passou a brincar timidamente com os dedos, não queria gaguejar, não queria parecer inadequado depois de tudo.

Jimin sorriu e beijou a bochecha do "pequeno" alfa.

— Não vai doer nada para você, Jungkook, vai ficar bem. Você vai se sentir muito bem, não se preocupe.

— Mas Jimin-ssi, não é comigo que estou preocupado. Não quero te machucar, não quero que você sinta dor e nem sangre por minha causa.

—Oh, meu bebê alfa, você não vai me machucar. Sabe que alguma dorzinha é inevitável, somos virgens, só precisamos ir com calma e vai tudo dar certo. — Segurou a mão do alfa e o puxou de leve para mudar de posição, deixando o companheiro por cima, no entanto, Jungkook ainda que tivesse estudado bastante para aquele momento, não conseguia parar de tremer. Na prática, estava sendo dominado por seu pequeno ômega. — Venha. — O ômega guiou a mão direita do alfa para o início do caminho de botões de sua camisa. — Você está tremendo tanto, coelhinho. Fique calmo, relaxa, só tire minha roupa e siga seus instintos, está bem?

Jungkook assentiu.

Ele não estava nervoso por ver seu ômega quase nu em baixo de si, os dois tomavam banho juntos sempre, desde tão pequenos, conhecia cada detalhe daquele corpinho branco cheio de sardinhas alaranjadas, cada pelinho ruivo, cada pedacinho de paraiso que era aquele bonito e adorável anjo. Jungkook estava nervoso e com medo de machucar seu bebê ômega durante o ato, nunca se perdoaria caso o machucasse.