CAPÍTULO 7 ♦️

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 Não esquece da estrelinha!
Boa Leitura!
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P.O.V. S/n S/s

Vejo o menino sorrir diabolicamente.

— Calma, S/n, eu posso explicar — Luísa se vira assustada.

— Não tem explicação — olho indignado para Luísa. — Bastou eu sair um segundo — dou risada ironicamente — Faz o seguinte, vai para a casa dele e aproveita sua noite.

— Calma, cara, não pre... — corto ele brutalmente.

— Você fica na sua — vejo ele vindo em minha direção — Qual é? Vai querer mostrar que é homem agora?

Eu não sei em qual momento exato foi, mas começamos a brigar feio e, quando percebi, já estávamos no chão. Luísa pedia para parar, completamente assustada, e Jão e outro menino que eu não conheço começaram a separar a briga. Olhei para Luísa pela última vez naquela noite e logo saí da festa.

— Me explica o que aconteceu — Jão disse ao meu lado, enquanto caminhávamos até a minha casa.

— Vi que estava tarde, então perguntei para Luísa se ela queria um último copo de refrigerante, ela disse que sim e eu fui buscar, e quando voltei, ela estava beijando aquele cara — disse indignado — algumas horas atrás, ela não quis me beijar porque não queria que fosse só uma ficada, mas para aquele imbecil, ela ficou, sem nem se importar se era só uma ficada ou se eu ficaria mal.

— Tá, tem partes que você não me contou — dei um meio sorriso — mas você está certo e errado.

— Errado em quê, Jão?

— Está certo em ficar bravo por ela ficar com ele — fez uma pausa dramática — mas está errado porque, Luísa, está apaixonada por você — faço uma cara confusa — Só você não vê S/n, ela não quer só ficar com você, porque ela gosta de você.

— Ela nunca me disse nada Jão.

— E precisava? — fico pensativo.

Nunca havia reparo se Luísa havia me dado algum sinal, porém, eu acredito que ela me contaria, ou não...

— Obrigado, Jão — disse assim que chegamos em frente à minha casa. — Quer dormir aqui hoje? Já são quase oito da noite.

— Hum, não vou substituir Luísa não, viu?

— Eu e Luísa não tínhamos nada, e eu e você não temos nem chance — dou risada — Eu quem deveria ter medo de chamar você para dormir aqui — ele faz uma cara indignada.

— Não vou abusar do seu corpinho — acabamos rindo — Vamos entrar e cuidar dessa cara, você está péssimo.

— Pelo menos bati também, né?

— Tá, mas levou uma surra — começamos a rir.

Assim que chegamos em casa, Jão me ajudou com os curativos no meu nariz e na minha boca, tomei um banho e Jão também, eu estava muito para baixo com esse lance da Luísa, tudo bem que eu não tinha certeza que eu gostava dela, mas respeitei ela, não fiquei com ninguém por ela e na primeira oportunidade, ela faz o contrário.

Eu e Jão dormimos horrores, pois acabamos pegando no sono cedo. No outro dia de manhã, a moça que sempre esqueço o nome, que trabalha aqui em casa, já havia feito o café, comemos conversando um pouco e logo fomos para a escola.

— Aula de biologia — João disse, apontando as escadas.

— Estou completamente sem cabeça para isso — suspirei frustrado.

— Mas não vai fazer como eu e repetir — disse e entramos na sala.

— Atrasados, da próxima vez não entram — Sr. Steve disse com aquela carranca que estava pior que a minha.

— Desculpa, professor — dissemos juntos e logo nos sentamos à mesa.

Não conseguia prestar a atenção em nada, nenhuma aula sequer. O dia passou voando, não vi Luísa hoje, acho que deve ter faltado.

[ Três dias depois]

Não vi Luísa em nenhum desses dias, mas também não queria falar com ela, ainda estava chateado com o que aconteceu.

— Bom dia — João disse, chegando próximo a mim e Thiago.

Quando olho para o portão, ela estava lá ao lado daquele cara. Nossos olhos se cruzaram e logo olhei para o lado. Fiquei conversando com os meninos, ou melhor, eles conversavam comigo, porque mal conseguia prestar a atenção, minha atenção se voltava para a Luísa e aquele cara.

P.O.V. Luisa Sonza.

Já se passaram três dias desde a briga, e eu faltei à escola esses três dias, disse à minha mãe que estava doente, ela e Sofia não param de perguntar sobre o S/n e isso me incomoda. Hoje eu voltaria à escola, não teria mais jeito, Francisco pediu para termos algo, talvez sério, e eu havia gostado de ficar com ele, e sabendo que S/n não falaria tão cedo comigo, acabei cedendo.

— Quem é vivo sempre aparece — Ludmilla disse sorrindo.

— Bom dia, Lud.

— Seu amigo, não vem encher o saco hoje?

— Não sei — Chico me abraçou.

— Ah! Trocou de namorado.

A verdade é que aquele clima estava me matando, mas S/n mal olhava na minha cara. Todas as aulas passavam voando, porque os meus pensamentos também estavam voando. Na saída da escola, decidi conversar com o S/n, então o esperei ao lado de seu carro. Sr. Collins já o esperava, assim que o vi, cheguei mais perto.

— Podemos conversar?

Sagrado Amor Profano Onde histórias criam vida. Descubra agora