CHAPTER FIFTEEN

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Wanda Maximoff point of view

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Wanda Maximoff
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Eu fiquei no inferno por dois dias

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Eu fiquei no inferno por dois dias. Natasha não deu noticias e não atendeu meus telefonemas. Não comi, não dormi, não vivi. Perambulei pela casa, arrasada. chorando, esperando. Fui chamada para me apresentar na empresa de turismo, porém disse que estava doente e não fui. E estava mesmo doente, de amor e desespero. Não podia pensar em Melina Romanoff que me enchia de ódio. Como ela pode me pedir para intervir a seu favor, sabendo que era para tirá-la de mim, que era para continuar naquela relação doentia com a própria filha?

Cada vez eu me convencia mais de que ela armou tudo para fazê-la se enfurecer comigo, como havia acontecido. Era um jeito de me tirar da jogada. Na noite do segundo dia, fiquei na cama, cochilando, olhando para as paredes, apavorada com medo que Natasha não voltasse mais. Lembrei-me do filme

Em algum lugar do passado e me senti como o personagem no final, morrendo de saudade e de amor. De madrugada, me recostei nos travesseiros, quase sentada, e deixei uma luz suave acesa. Fiquei olhando para o nada, despenteada, sentindo-me fraca, mais sozinha do que já me senti na vida.

E foi assim que Natasha me encontrou, quando entrou no quarto e parou na porta. Por um momento pensei que fosse imaginação minha, fruto do meu desejo de vê-la. Mas então nossos olhares se encontraram e senti como se levasse uma sacudida. Só então voltei à vida, meu coração bateu rápido, meu corpo se aqueceu. Minha primeira reação foi a de levantar e correr para ela. Entretanto me controlei a tempo, com medo de afastá-la de novo. Assim, fiquei quietinha, apenas olhando-a, enquanto ele terminava de fechar a porta e entrava devagar. Eu me embebedei com sua presença. Apesar de continuar linda e estar elegante com calças escuras e camisa azul clara, ela parecia um pouco abatida. Enchime de amor e ternura, e de vontade de abraçá-la bem forte.

— Pensei que estivesse dormindo. – Sua voz saiu fria. Parou perto de uma mesa de canto, largou suas chaves, celular e Bolsa. Não se dirigiu à cama, onde eu continuava imóvel, acompanhando-a só com o olhar. Andou até a poltrona e se sentou. Então seus olhos claros se encontraram os meus. Senti as lágrimas subindo, mas me controlei ao máximo. Falei rouca:

A coleira | ˢʰᵒʳᵗ ᶠⁱᶜ (𝐆!𝐏)Onde histórias criam vida. Descubra agora