EPÍLOGO

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Wanda Romanoff-Maximoff point of view

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Wanda Romanoff-Maximoff
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Eu estava sentada na minha cadeira predileta, larga e estofada, que ficava nos fundos da casa que havia sido dos meus avós

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Eu estava sentada na minha cadeira predileta, larga e estofada, que ficava nos fundos da casa que havia sido dos meus avós. Ali eu estava cercada de sombras e flores, muitas das quais eu mesma plantei. Sempre gostei de plantas e jardinagem se tornou meu passatempo preferido. Nós tínhamos casas em vários lugares, até um apartamento em Paris. Entretanto era ali que passei a maior parte da minha vida, o lugar onde fui mais feliz.

Casei com Natasha naquele jardim, criei nossos três filhos correndo ali e era ali que eu estava agora, observando feliz enquanto minha neta caçula corria pelo quintal com seu cachorrinho.

— Essa menina não para! – Exclamou minha filha Sofya, de trinta e dois anos, mãe da garotinha em questão.

Estava sentada confortavelmente ao meu lado, usando short e camiseta. Era baixa, ruiva e muito bonita. De todos os nossos filhos, era a única que saiu com os olhos de Natasha.

Seu marido estava perto da churrasqueira, tomando cerveja e conversando com meus outros dois filhos, Luiz e pedro. Luiz era o mais velho, com trinta e nove anos. Pedro era o do meio, com trinta e seis. Quando tivemos dois meninos, Natasha quis tentar uma menina. Sofya foi seu xodó desde o início, mimada além da conta.

Felizmente eu estava lá para equilibrar as coisas. No final, ela cresceu uma garota maravilhosa. Estávamos completando quarenta anos de casamento, mas não quisemos festa. Só nossos filhos e netos ali, em um churrasco familiar, na nossa casa.

Dentro da piscina, meus outros netos riam e brincavam. Luiz tinha os gêmeos Miguel e Arthur, de treze anos.

Pedro tinha só meninas, Clara, Laura e Olívia, de doze, nove e sete anos. Sofya tinha só Catarina, de quatro anos, que corria atrás do cachorrinho. Eu os amava com loucura, todos eles. Pensei como a vida foi boa para mim, como fui e era muito feliz. É claro que tínhamos problemas, como todo mundo.

Agora mesmo Luiz enfrentava um divórcio complicado e estava arrasado. Pedro tinha tido leucemia, quando pequeno. Felizmente ficou curado. Mas estávamos sempre juntos, unidos pelo amor.

Natasha veio de dentro de casa, trazendo uma bola para entregar à Catarina, que não parava de pedir para brincar de futebol com ela. Rapidamente ela esqueceu o cachorrinho e correu eufórica para brincar com a avó. Eu a olhei enlevada. Aos setenta e quatro anos, ela continuava linda. Seus cabelos ruivos estavam quase que completamente brancos.

Eu sempre tive certeza de que a amaria pelo resto da vida. Enfrentamos juntos todos os problemas, nunca nos separamos. No início, sua mãe bem que tentou. Ela se desesperou quando viu que realmente ficamos juntos, quando nos casamos. Fez ameaças, disse que se mataria, tentou de tudo. Nós a ignoramos. Por fim, ela morreu sozinha, em um hospital. Entretanto Natasha a perdoou antes de morrer.

Visitou-a, mas ela continuava obcecada por ela. Morreu sem admitir seu erro, dizendo que a amava, que ela não amaria mais ninguém. Mas ela me amou. Muito. Amou os filhos e os netos. Refez sua vida e deixou o passado para trás.

O cachorrinho correu entre as pernas de Natasha e de Catarina, fazendo-as rir. Olhei para a coleira no pescoço dele e murmurei:

E pensar que tudo começou com uma coleira.

— O que, mamãe? – Sofya se virou para mim.

— Nada. – Sorri.

Quando olhei de novo para Natasha, ela olhava para mim e sorria. Fitei seus olhos com amor e sorri de volta. O que mais uma pessoa poderia querer da vida?

❄️ ▪︎ 🥀


FIM..



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[603 palavras]

JOHANSSON_REINHART0
16/12/23
Concluída!


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A coleira | ˢʰᵒʳᵗ ᶠⁱᶜ (𝐆!𝐏)Onde histórias criam vida. Descubra agora