Meu Doni

Novos tempos

A vinda de Stevan à fazenda, traria um novo gás ao futuro que Ravini queria para a sua produção de soja.

- Ravini, você transformou a fazenda, o Doni ficaria satisfeito com tanto progresso. - falou Stevan.

- Segui o que ele já havia traçado,
eu só dei continuidade aos seus
sonhos.

- Ele era um cara incrível mesmo!

- O Doni se dedicou desde criança, era a vida dele esses campos de soja.

- A sua mãe também faleceu?

- Sim, ela sofreu um acidente de carro.

- Que pena, eu sinto muito!

- Obrigada! Todas as perdas me fizeram perceber o valor de tudo, viver sem eles é difícil.

- Você não pensa em refazer à sua vida?

- Nem passa pela minha cabeça, o Doni ainda está aqui dentro, dói muito!

- Mas você tem que continuar vivendo.

- Eu sei, Stevan, quando tiver que acontecer, será verdadeiro, agora eu prefiro me dedicar ao trabalho.

- Ravini, você é tão linda, eu sempre quis me aproximar de ti, mas o Doni era o seu amor.

- E ainda continua sendo! Melhor irmos trabalhar, a fazenda parece que triplicou de tamanho.

- Você aceita jantar comigo mais tarde?

- Eu não sei, Stevan, hoje tenho tanta coisa para fazer, depois conversamos mais.

Ela entrou no carro e ele ficou admirando aquela mulher linda, que estava tão perto, mas com o coração distante.

- O Stevan é legal, mas acho que ainda não consigo, ou será que eu devo tentar? - pensou Ravini.

A vida continuava e Stevan era um rapaz bom que sempre foi apaixonado por Ravini.
Nos tempos da faculdade, ele passava as aulas olhando para ela e tentando ser notado por aquela que era a dona do seu coração.

- Papai, o Stevan me convidou para jantar com ele hoje. - disse Ravini.

- Que bom, filha! E você vai?

- Não sei, papai, nem tenho jeito para essas coisas.

- Se você não tentar, como irá saber?

- Será, papai?

- Tenta, filha, é só um jantar, não irá
acontecer nada que você não queira.

- Eu vou pensar, até a noite decido.

- Você sabe que eu torço por você e se estiver feliz eu também estarei.

Ela trabalhou durante todo o dia, se sentia cansada, mas ligou para Stevan dizendo que aceitava o convite.

- Não precisa me buscar aqui em casa, pode deixar que eu vou no meu carro até o restaurante. - falou Ravini.

- Fico feliz, Ravini, meu coração parece que quer sair do peito. - disse Stevan.

- Até mais tarde.

- Um beijo, Ravini.

Ele desligou o telefone e saiu gritando de felicidade pelos campos.

- Ela aceitou, eu nem acredito! Ela aceitou! - gritava na mais pura felicidade.

Ele se despediu dos funcionários, entrou no carro e acelerou, queria ficar arrumado para que ela pudesse gostar.

- Ravini, eu amo você! Me dá uma chance de te fazer feliz?

Como ele ficou contente com tão pouco, ela sempre foi a mulher que desejou ter ao lado.