Os dois ainda não haviam chegado em casa e todos já haviam jantado. O clima entre Luci e Lorenzo estava tenso, com o sumiço de Ravini e Doni.
- Onde o seu filho está até essa hora com a Ravini? - perguntou Luci.
- Eles são adultos, devem estar passeando. - disse Lorenzo.
- Até essa hora? Eles nem foram à colheita.
- Eles não apareceram por lá. - falou Álex.
- Cala a boca, Alex! - disse Arthur.
- Oi, que confusão é essa? - perguntou Ravini.
- Onde estavam, Ravini? - indagou Luci.
- Demos uma saída para ver novas máquinas, só isso. - falou Ravini.
- Está tudo bem, meu filho? - perguntou Lorenzo.
-Sim, pai, vou tomar um banho e boa noite à todos. - falou Doni.
Ele nem esticou a conversa, já que as duas pessoas com que se importava, eram seu pai e Ravini.
- Você vai me contar essa história direito, Ravini. Onde se meteu a tarde inteira? - falou Luci.
- Mamãe, eu vou dormir, estou cansada. Papai, eu te amo. - falou a garota.
- Vai descansar meu amor, também amo você. - disse Lorenzo.
- Esses dois não me enganam, você é um bobão, Lorenzo! - disse Luci.
- Se estiver achando ruim, a porta é bem larga, passe por ela e não olhe para trás. - disse Lorenzo, bem seco.
Ele deu as costas e foi deitar.
- Mamãe, cuidado com essa língua, o Lorenzo coloca a gente para fora. - falou Arthur.
- Está acontecendo alguma coisa entre esses dois, fiquem de olho neles, seus dois patetas. - falou Luci.
- A senhora está paranóica! Eles sempre andaram juntos, que perseguição é essa? - disse Álex.
- Seus palhaços, saiam daqui! Eu mesma vou descobrir. - disse Luci.
Como aquela tarde marcaria a vida deles, um sentimento que sempre existiu, mas que agora eles iriam lutar para viverem esse amor.
Doni se sentia o mais feliz dos homens e queria tê-la em seus braços em todos os momentos, mas sabia que não seria fácil, nesse instante o que mais importava era que ela aceitou aquele amor que era tão grande.
Ele deitou na cama ainda um pouco molhado e lembrava dos beijos e do que viveram nesse dia especial.- Como eu te quero, Ravini! Esse amor que eu sinto é a melhor parte de mim.
Ele encostou a cabeça no travesseiro e dormiu. Como ela era importante em sua vida.
- Filha, não vai jantar? Está aí caladinha. - falou Lorenzo.
- To aqui quietinha, papai, vendo esse céu lindo. - disse Ravini.
- O Doni dormiu, passei no quarto
dele e estava enrolado na toalha.- Ele nem bebeu um leite.
- Eu cobri o corpo dele com um lençol e apaguei a luz. Vocês estavam juntos, filha?
- Sim, papai.
- Estou falando juntos como namorados.
- Papai, nos conhece mesmo, não dá para esconder nada do senhor.
- Cuidado com a sua mãe, não é bom
que ela saiba agora.- O Doni é o homem que eu sempre amei.
- Sempre soube que esse amor explodiria à qualquer momento.
- Foi lindo, papai.
- Lembre-se, o amor sempre será maior que qualquer barreira, lutem até o fim.
- Eu vou me deitar, papai, te amo mil vezes mais a cada dia, o senhor é a minha luz.
Ela subiu as escadas devagar, quase flutuando, sua mãe e seus irmãos já estavam dormindo.
O seu quarto ficava no final do corredor e ao passar em frente à uma certa porta, um braço forte a puxou para dentro.- Onde vai? - perguntou Doni.
- Doni, que susto! Estou indo dormir.
- Tem certeza?
- Tenho! Só não sei se aqui ou no meu
quarto.Eles queriam ficar juntos a qualquer custo, mesmo que essas aventuras pudessem causar enormes transtornos.
A noite foi perfeita como os dois sempre sonharam. Poder sentir o corpo de quem amamos, assim tão pertinho, para eles era inexplicável e apaixonante.- Que pele cheirosa, o seu corpo é uma pintura minimalista, parece um sonho. - falou Doni.
Ravini se entregou aquele amor e como desejou tê-lo em seus braços.
Cada beijo, toque e carícias, faziam dos dois um só. Era um amor bonito, capaz de fazer com que Doni gritasse aos quatro cantos o quanto amava aquela mulher.
Os dois adormeceram, ela parecia se sentir amada e protegida em seu corpo, ainda nu. Como o amor trás paz ao nosso coração.
O dia amanhecia na fazenda e Ravini se despedia de Doni.- Doni, eu tenho que ir para o meu quarto, já está amanhecendo.
- Fica aqui, eu nem quero acordar.
- Preciso ir antes que a mamãe acorde.
- Hoje podemos ficar juntos o dia inteiro, descansa um pouco e se arruma, vou te roubar para mim.
- Certo, te amo, Doni, para sempre.
- Eu te amo mais.
Se beijaram e Ravini seguiu para o seu
quarto. Tomou um banho demorado e desceu para dar uma volta à cavalo, seu sorriso estava radiante, ela só queria uma coisa, poder viver esse amor.- Lorenzo, onde está a Ravini? - perguntou Luci.
- Ela saiu à cavalo.
- Mas ainda está muito cedo.
- Deixa a menina, que implicância!
- Onde está o Doni?
- Dormindo, hoje é sábado, ele sempre descansa.
- Que milagre não estar grudado na Ravini?
- Você é o fim da picada, eles são
irmãos!- Vou convidar aquele Stevan para almoçar aqui, quem sabe eles se
acertam.- Não invente histórias, ele é apenas um
amigo.- Bom dia, papai, bom dia, Luci. - falou Doni.
- Bom dia, Doni! Eu estava falando para o seu pai sobre o Stevan, vou convidá-lo para almoçar conosco. O que acha? - perguntou Luci.
- Não acho nada! - disse Doni.
- Papai, estou de saída, só volto mais tarde. - disse Doni.
- A Ravini vai com você? - perguntou Luci.
- Não! Vou resolver uns assuntos particulares, até mais tarde.
Assuntos particulares? O único assunto dele no momento era o seu amor por ela, isso era a sua prioridade.
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Meu Doni
RomansaLorenzo e Ana, eram dois apaixonados por soja, e possuíam um sítio pequeno que sempre sonharam transformá-lo numa grande propriedade rural. Se amavam muito e tinham um filho ainda bebê, que se chamava Doni. Certo dia, durante o trabalho, Ana sofreu...