Fifty Shaeds Of Blue

Prologue

Eu me encontrava ajoelhado no meio do quarto azul escuro, despido de qualquer tipo roupa e com os longos cabelos soltos caindo sobre meus ombros em ondas, fazendo um belo contraste com a minha pele branquinha. Minhas mãos estavam atrás das minhas costas e o meu rosto inclinado para baixo, quando ele entrou no quarto e parou em minha frente. Percebi que ainda vestia aquele seu conjunto de roupa cara que tinha usado hoje a tarde.

Sinto seus dedos tocarem com firmeza no meu queixo e o puxando pra cima, para assim então me fazer encarar seus olhos. Aqueles olhos castanhos tão frios e sombrios, com tantos segredos escondidos por de baixo dos cinquenta tipos de camadas da cor castanha.

— Diga-me o porque de você estar aqui hoje.— Sua voz sai rouca e baixa, fazendo um arrepio involuntário percorrer pela minha espinha. Um dos seus efeitos mais comum sobre mim. — O por quê que você deve ser punido.

Engulo o seco e mordo meu lábio inferior, atraindo sua atenção por poucos segundos para minha boca.

— Porque... eu o desobedeci.— Falo baixinho sem desviar os olhos dos seus e com um sorrisinho sapeca crescendo nos lábios.— E mereço ser punido por isso, senhor.

Consigo perceber o canto dos seus lábios finos subirem levemente para cima, num sorriso quase imperceptível. Só consigo vê-lo fazendo aquele ato por estar o encarando fixamente.

— Levante-se.— Ordena, mantendo a voz baixa e rouca.

Rapidamente obedeço e fico de pé em sua frente. Anda um pouco mais para perto do meu corpo e leva seus dedos levemente gelados até a minha barriga, exatamente em cima da minha tatuagem da borboleta. A sua favorita.

— Hoje eu farei você gozar quatro vezes seguidas, de diversas maneiras. Mas só poderá fazer isso quando eu autorizar. — Sussurra contra meu ouvido. Minha respiração fica trêmula ao sentir a ponta dos seus dedos subirem devagar, tocando delicadamente minha pele até chegar em minha nuca, onde ele agarra meu cabelo e o puxa para baixo com uma certa força arrancando um gemido sofrido da minha boca.— Farei você gritar tão alto...— Raspa lentamente seus lábios na pele do meu pescoço.— que amanhã estará rouco.

Sua mão livre segura um lado da minha bunda e a aperta com raiva, fazendo meu corpo ir de encontro com o seu no mesmo instante.

— E a sua bunda dormente por conta da surra que irei lhe dar.— Murmura sobre meus lábios e olhando diretamente para eles. Eu sentia meu pau ficando cada vez mais duro e se esfregando em cima da sua quase ereção por de baixo daquela maldita calça social preta.

— Eu irei receber de bom grado tudo o que o senhor me conceder.— Consigo responder mesmo estando meio distraído com a sua mão agarrando fortemente a carne da minha bunda.

Minho sorri. Aquele seu sorriso sinistro que poderia facilmente fazer alguém ter medo, mas ao invés disso aquilo apenas me excita ainda mais. Me deixava fraco e necessitado... por ele.

— Deite na cama, meu doce.— Pede baixinho com o tom sério ainda presente na sua voz angelical, para a ironia da situação.— Sua punição irá começar agora.

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