𝗖𝗥𝗨𝗘𝗟 𝗦𝗨𝗠𝗠𝗘𝗥 | percy jackson
" ele me faz querer aprender, mudar, crescer e ser tudo que ele acredita que eu posso ser. "
𝖯𝖺𝗋𝖺 𝖬𝖺𝗅𝗂𝖺 𝖺𝗊𝗎𝖾𝗅𝖾 𝗏𝖾𝗋𝖺̃𝗈 𝗌𝖾𝗋𝗂𝖺 𝖺𝗉𝖾𝗇𝖺𝗌 𝗆𝖺𝗂𝗌 𝗎𝗆 𝗊𝗎𝖾 𝗉𝖺𝗌𝗌𝖺𝗋𝗂𝖺 𝖺𝗈 𝗅�...
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― CUIDADO! ― Percy defendeu um ferrão com a parte lisa de Contracorrente. Apulhalei com Alvorecer, mas o escorpião saiu do alcance.
Andamos pela lateral do rochedo, mas os malditos monstros nos seguiram. Percy atacou outro, mas ir na ofensiva era muito perigoso. Não tinha nada que pudéssemos fazer, o máximo era defender, e não seriamos capazes de manter isso por muito tempo.
Logo vi Percy na frente de duas rochas com uma fenda, a qual tinha o tamanho certo para conseguirmos entrar.
― Aí! ― eu disse.
― Aqui? É muito estreito. ― falou após cortar um escorpião e me olhar como se eu fosse louca.
― Me dá cobertura. Vai! ― falei, adentrando e começando a me apertar entre as pedras. Me estressei com a lentidão de Percy e logo puxei o mesmo junto a mim.
De repente a gente estava dando cambalhota em um poço que não estava ali momentos antes. Era possível ver os escorpiões acima de nós, e então o buraco fechou deixando Percy caído em cima de mim e uma completa escuridão. Nós estávamos perto, muito perto, a ponto de conseguir sentir a respiração dele nos meu rosto. Não queria me afastar, mas eu precisava.
― Dá pra sair de cima? Mal consigo respirar, idiota. ― falei, empurrando o garoto para o lado.
― Ah...ah, sim, eu- ― gaguejou nervoso e o imterrompi.
― On-onde a gente 'tá? ― perguntei. O lugar era frio e húmido, 'tava sentada em chão irregular que parecia ser feito de tijolos.
Percy levantou Contracorrente, o brilho fraco da espada era suficiente pra ver nossos rostos assustados e as paredes cheias de musgos.
― Não sei, mas de qualquer forma estamos a salvo. ― tentou parecer calmo, ( o que não funcionou.
― Isso não é uma caverna, ― falei.― Eu saberia se fosse. ― Só conseguia pensar no verão passado, a fissura no refeitório onde os esqueletos haviam sido consumidos. Aconteceu o mesmo conosco.
― É uma longa sala. ― Percy murmurou.
― Não é uma sala, cabeça de água, é um corredor. ― falei e ele começou a andar, mas o parei. Reparei bem no lugar e...Merda, não pode ser. Claro que não é uma sala, a gente 'tá dentro do labirinto. ― Não dê outro passo.
― Precisamos achar a saída, ― ele disse, mas quando percebeu minha tensão, recuou. ― 'Tá tudo bem, ok.
Olhei para cima e percebi que não dava pra ver de onde caímos. O teto era pedra sólida. O corredor parecia infinito em ambas direções.
A mão de Percy escorregou para a minha. Em circunstâncias diferentes eu me sentiria envergonhada, mas aqui no escuro eu me sentia segura, feliz por saber onde ele estava. Era a única certeza que eu tinha.
