Capítulo 13

249 25 28
                                    

    Vejo Louis andando de um lado para o outro, seus olhos verdes me observam com frieza. Depois se aproximou tocando meu rosto, faço um gesto brusco tentando me afastar, porém ele forçou mais sua mão, me imobilizando.

– Eu poderia mesmo ter me apaixonado por você, por isso quis antecipar meus planos. Se eu não fizesse isso agora, se eu deixasse nossa relação evoluir para algo mais íntimo, eu perderia a coragem de matar você.

– Quem era aquele cara no estacionamento? Não pode ter sido você já que você me salvou. - Digo a última parte com desprezo.

– Era o Max. Eu tinha pedido a ajuda dele para servir como uma distração, pois como era o culpado, você poderia desconfiar de mim. Mas eu não imaginava que ele fosse pegar tão pesado com você. Eu já contei que ele tem problema de raiva? Pode ser agressivo do nada e bastante violento. Ele usou lentes de contatos verdes, como tinha que usar o capuz e máscara, foi fácil te enganar.

– Onde está aquele doente?

– Eu não preciso dele para matar você. - Deu de ombros, como se eu fosse insignificante para precisar pedir qualquer ajuda.

   Sinto minha raiva aumentar, porém eu preciso fazer alguma coisa, não vou deixar me matar sem lutar. Preciso que se distraia com alguma coisa, para usar a faca que escondi no meu bolso no restaurante, para cortar a corda das minhas mãos. Porém, preciso fazer isso sutilmente para não levantar suspeitas, sem essa faca vai ser meu fim.

– Quem era aquela mulher que você...- Digo sentindo minha voz embargar, porém me esforço para falar. – Quem era a mulher que você matou?

– Aquela vagabunda. - Disse ficando furioso, mas depois esboçou um sorriso sinistro. – Ela só teve o que mereceu.

– O que ela fez? - Pergunto fingindo curiosidade, enquanto pego a faca do bolso e começo a cortar lentamente a corda, com uma expressão que demonstre interesse pela a história doentia dele.

– Por onde começo? Ela era minha ex - noiva. - Falou fazendo meus olhos ficarem esbugalhados, se minhas mãos não tivessem presas teriam ido para a minha boca. – Ela era uma interesseira, uma vadia que me seduziu aos poucos para sugar tudo o que eu tinha. Eu era muito bobo, fazia todas as suas vontades, comprava tudo o que ela queria, satisfazia todos os caprichos, ela me manipulava como queria e eu nunca me questionei se isso era certo, só ela me importava, eu estava cego de amor, cego por ela.

– Então como você chegou ao nível de matar ela? Se estava muito apaixonado? - Pergunto conseguindo cortar a metade da corda, agora só falta a outra metade.

– Depois de alguns meses assim, eu descobrir que era estava tendo um caso com o primo dela, que depois fiquei sabendo que nem era primo, era o amante dela, tinha o conhecido na adolescência, era louca por ele, um pobretão que não tinha nada para a oferecer. Eu fui um idiota, pois mesmo descobrindo a traição, eu quis continuar com ela.

– Você a perdoou? - Pergunto aliviada por conseguir me soltar, agora preciso planejar meus próximos passos cautelosamente, pois não vou ter chance de uma luta corpo a corpo e mesmo dizendo tudo isso ele continua segurando a faca.

– E foi o pior erro da minha vida. - Disse ficando mais alterado. –  Susan Anderson, que é o nome dela, conseguiu me roubar 2 milhões de dólares para fugir com o amante dela. Eu fiquei furioso quando descobrir isso. Ela estava se arrumando, eu vi o lugar que tinha combinado para se encontrar com o amante no celular dela e resolvi matar Susan antes de chegar ao lugar que combinaram. Passei numa loja comprei a touca, o casaco, peguei a faca de casa e fiquei esperando ela chegar. Assim que chegou, fui para trás dela bate sua cabeça na parede, a fazendo ficar desacordada, depois a levei para aquele lugar onde você nos encontrou e viu eu matando ela.

Na hora erradaOnde histórias criam vida. Descubra agora