Capítulo 121: Quando os desejos se chocam (XV)

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"Não há como curar isso?"

"...Não sei."

O sumo sacerdote gemeu, agarrando o braço, no qual havia batido ao cair.

O conde Elius cerrou a testa, perplexo.

"Você não pode curar com o poder divino do qual tanto se vangloria? O que você fez para que a situação chegasse a este ponto?"

"Você sabia que o poder divino é infinito? Não sei quando vou precisar disso, então não posso despejá-lo sobre plebeus assim. Preciso guardá-lo para um momento importante."

"E se a doença se espalhar por todo o império nesse meio tempo?"

"Tudo é a vontade da Deusa."

O conde ficou exasperado e, ao olhar nos olhos enlouquecidos do sumo sacerdote, percebeu que as palavras não funcionariam.

"Tenho que relatar isso a Sua Majestade imediatamente."

Só agora ele entendeu como as pessoas desapareciam do território e por que o número de cadáveres desconhecidos aumentava.

"Primeiro, reúna os cadáveres e queime-os. Em seguida, mova todas as pessoas vivas para uma sala limpa e trate-as."

Ao comando do conde, vários cavaleiros passaram pelo portão de ferro.

As pessoas que estavam isoladas lá dentro pareciam já ter desistido de suas vidas.

"Sumo Sacerdote, você terá que assumir a responsabilidade de encobrir a doença. E..."

"Liberte-nos! Ou reportaremos as más ações do conde ao templo principal!!"

Lá fora, os padres clamavam pela libertação.

O conde fez uma pausa, franziu a testa e deu a ordem novamente.

"Reúna todos eles e coloque-os na mesma sala que os pacientes."

"O que você está dizendo? Será que você vai nos colocar no mesmo lugar que os vermes da peste?"

"A partir de hoje, o templo está fechado. Originalmente, eu ia mandar todos vocês muito bem, mas mudei de ideia depois de saber como as coisas ficaram assim. Todos os sacerdotes serão usados ​​para curar a doença."

"Absurdo! Não pode ser assim!

O sumo sacerdote e os outros sacerdotes lutaram muito para não serem arrastados. Porém, a força do cavaleiro não pôde ser superada.

"O que nós vamos fazer agora?"

"A provação logo passará. A Deusa nos mostrará o caminho. Vamos orar juntos."

O conde Elius olhou para os sacerdotes com desprezo enquanto eles juntavam as mãos e começavam a orar fervorosamente.

"Coisas tão lamentáveis."

Então ele observou os pacientes sendo transferidos para uma sala limpa e saiu do templo com a bainha do manto voando.

"Fique de olho no tratamento. Se precisar de alguma coisa, eu forneço. Vou lhe mandar bastante para comer.

"Sim."

"Alguns de vocês deveriam dar uma volta pela aldeia e reunir todas as pessoas doentes. De agora em diante, usarei este local como centro de tratamento de doenças infecciosas."

O conde Elius olhou para o templo, desejando que a doença não tivesse saído do controle.

Como sempre, a luz ofuscante do sol caía sobre o templo com sua torre subindo alto.

A Saint Who Was Adopted by the Grand DukeOnde histórias criam vida. Descubra agora