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Lobo

Passo a mão pelo volante do carro virando em direção a barreira, olho pelo retrovisor vendo a minha contenção apontando as armas pro alto e atirando, os vapores que estão ali fazem o mesmo.

Abaixo o meu vidro comprimentando quem estava ali, e paro o carro um pouco a frente, descendo em seguida.

Arrumo as correntes por cima do tecido preto da hugo boss escutando o barulhinho delas se batendo.

Vejo o Sant tomar a frente e vir andando até mim com os braços abertos e um sorriso estampado no rosto.

Sant: Bem vindo de volta, meu Lobo mau. - Ele me abraça fazendo o toque em seguida. - Fico até emocionado.

Eu: Tu marola demais, minha morena.

Sant: Tá de bom humor? Vai ter resenha pra comemorar tua volta, tá ligado né?

Eu: Meus planos eram dormir, mas não faço uma desfeita dessas. - Ele sorri me agarrando e dando um cheiro no meu pescoço, olho pra trás ouvindo o ronco e já abro um sorriso reconhecendo.

Geral que tá no barzinho ali em cima olha e já cresce o olho, só de ver a roxinha já tão ligados de quem tá aqui.

Sant: Tua bebê ta na pista, mandei lavar e polir hoje mais cedo.

Eu: Mandou demais moleque, tá lindona. - O Melo saiu do banco do motorista e veio me comprimentar, tá todo feliz. - Chega de melação, porque agora eu vou matar a saudades dessa coisa linda.

Andei pro meio da rua onde a Lamborghini tava parada e abri a porta sentindo o cheirinho de baunilha suave que o hidratante pro couro do banco tem, entro me encostando ali e fecho os olhos matando a saudades que eu tava disso aqui.

Aperto o botão pra ligar o carro escutando o ronco do motor, tirando um sorriso do meu rosto. Acelero sem sair do lugar e escuto com atenção o barulho que essa maquina faz.

Olho pelo retrovisor e vejo os moleques em cima da moto branca com o simbolo da BMW, acelero e dessa vez saio do lugar, andando pelas ruas do meu imperio.

O barulho da roxinha ecoa por cada canto desse lugar, fazendo geral olhar, e já tão ligados em quem tá no volante.

Passo devagar pelo bar e vejo os olhares de julgamento de alguns, mas esses invejosos eu nem sei quem é.

Continuo no mesmo ritmo olhando como as coisas estão por aqui, mas nem mudou nada, só evolução.

Paro em frente a minha casa e desço do carro vendo os moleques que fazem a contenção parados ali na frente.

Comprimento todos eles e entro sozinho, passando pela porta grande de madeira, paro observando o comodo amplo que ta do jeito que eu deixei, o quadro grande com um luar e um lobo a frente, o sofá branco de linho e a tv de setenta e cinco polegadas fixada ao paínel de madeira com um led em volta.

Ando até a cozinha planejada e abro a geladeira, vendo todas as coisas que eu gosto de comer e as frutas e verduras em otimas condições, o que mostra que a compra pra casa foi feita recentemente, como eu pedi.

Pego um danone chamyto com aquelas bolinhas coloridas, sou amarradão nisso desde mernozinho, um dos unicos bagulhos que eu gosto de comer.

Subo as escadas indo pra porta que da acesso ao meu quarto e abro a maçaneta, sentindo o cheiro de limpeza vindo dali.

Entro no comodo e sento na cama com o edredom na cor cinza claro com uma manta bege dobrada em cima.

Quando mandei contruir essa casa, eu fiz o projeto e o interior eu que decidi também, quando eu era menor, sempre quis fazer aqueles bagulhos de arquitetura, achava maneiro e fazia meus desenhos em casa, infelizmente a vida me levou pra outros caminhos e eu pude botar isso em pratica pelo menos pra fazer o projeto da minha casa.

Um Erro. (Morro)Onde histórias criam vida. Descubra agora