Capítulo 6

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          Não consigo pegar no sono, eu apenas consigo é sentir-me culpada, agora duplamente culpada em primeiro lugar pela minha desconfiança, descrença e em seguida por saber que privei meu Dono de algo que ele gostaria ou teria pensado para essa noite. Não estou culpada por eu estar sendo privada da companhia dele, mas sim por ele não ter o que ele pudesse querer.

          Não sei quanto tempo passou-se, apenas choro baixinho, não quero acordá-lo, ele não merece, continuo encolhida, mas como queria estar sentindo o seu corpo me aquecer, sentir seu calor, deitar em seu peito ouvindo seu coração e dormir aninhada. Finalmente depois de tanto chorar e cansada eu adormeço.

          Em dado momento sinto algo em minhas costas quase junto de minhas nádegas, acordo assustada com a sensação de algum bicho andando sobre mim, dou um grito e pulo tentando fugir do chão, mas minha guia presa na poltrona me faz é cair ao chão, então sinto algo em meus cabelos, sabia que eu tinha dormido no chão em um lugar desconhecido torno a gritar e ouço.

          - Calma menina.

           É a voz de meu Dono, no escuro do quarto percebo sua presença junto a mim, ali abaixado ao meu lado, sem esperar que ele me autorize ou me chame eu me jogo em seu colo, sinto a guia retesar puxando a coleira em meu pescoço, puxo a poltrona junto e estou em seus braços que me acolhem, todo o meu corpo treme de pavor, soluçando eu tento lhe dizer que tinha um bicho andando sobre mim, acho que era uma barata ou qualquer outro bicho asqueroso.

          Dono solta a guia que me prendia à poltrona, comigo em seus braços se levanta, sinto meu corpo flutuar, mas ainda fico na espera que algo se mova em mim, Dono me coloca cuidadosamente sobre a cama, acende a luz, eu começo a olhar à minha volta procurando algo, passo meus dedos em meus cabelos, ele se senta ao meu lado, pego suas duas mãos entre as minhas, baixo minha cabeça para beijá-las enquanto vou agradecendo a ele por haver me salvado.

          - Minha menina, acho que você teve um pesadelo.

          - Não meu Dono não foi um pesadelo, tinha um bicho andando em mim, acho que era uma barata, mas depois senti algo maior na minha cabeça.

           Vou falando e buscando abrigo em seus braços, o fato dele ter me chamado de minha menina me deu uma segurança e alívio, uma sensação de que ele não estava mais chateado comigo.

          - Escute F, você estava dizendo coisas desconexas e dormindo, eu me levantei e cheguei perto de você, só ouvia você dizer algo sobre confiar, então eu toquei em suas costas para você acordar.

          - Dono eu lhe acordei? Mas o bicho em meus cabelos?

          - Você gritou e se debateu, percebi que poderia bater com a cabeça, e eu a apoiei foi minha mão protegendo sua cabeça.

          - Não tem bicho não tinha barata ou outro bicho andando em mim?

          - Não minha menina, não tinha.

          Acalmo-me com as palavras de meu Dono, mas ao mesmo tempo me sinto mais culpada ainda, agora eu o acordei não o deixei descansar.

          - F, precisamos conversar sobre tudo o que aconteceu antes de virmos para o quarto.

          - Sim meu Dono, precisamos sim, por favor, dê-me permissão para que sua menina comece a falar, por favor Dono escute sua menina.

          - Pois bem F, estou ouvindo-a.

          Começo a contar tudo o que eu pensei a respeito do que estava se passando, desde o momento em que ele me fez vestir a roupa que me fazia parecer mais velha, e toquei me tremendo toda, cada vez mais culpada, no assunto da primeira parte do jogo, quando eu duvidei dele, quando eu o critiquei mesmo que só para mim mesma, ele a tudo ouvia sem me dizer uma palavra, sem emitir um único som, após lhe falar sobre o que senti o sentimento de culpa lhe digo que estou preparada para receber qualquer castigo, que sei que sou merecedora.

Uma submissa em jogoOnde histórias criam vida. Descubra agora