𝐂𝐚𝐩 V

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Att: é capaz desse capítulo ter TW [ automutilação, ansiedade, transtorno de pânico ].




Você acordou naquele mesmo instante, arrepios percorriam sua espinha e seu rosto estava totalmente encharcado de lágrimas, não conseguia respirar direito, pior, estava sentindo fortes pontadas a medida que seu coração acelerava freneticamente, sentia seu corpo suar, e mal conseguia abrir a boca pra falar:

- {Nome}, melhor se apressar porque a sua professora não gosta nada de atrasos e... {Nome}?! Pelo amor de Deus, ALGUÉM ME AJUDA ! - Canary berrava enquanto pegava algo no quarto de banho e corria para o seu lado. - Por favor, alguém socorre aqui! {Nome}, preciso que conte até três e tente beber a água sem deixar cair, consegue fazer isso?

Você não consegue responder, acena que sim com a cabeça, embora saiba que muito provavelmente não.

Canary te ajuda a beber a água, e logo após te ajuda a levantar.

- {Nome}, você é forte, respira fundo, ok?

Você ouve alguém abrir a porta, e se depara com um dos vigilantes do edifício do dormitório, junto com um colega.

- O que se passa aqui? - O vigilante indaga e depois deposita os olhos em você, ligando os pontos.

Canary que abriu a porta explica o que aconteceu, e pede ajuda a ambos para te levar a enfermaria.

- Por enquanto não se preocupem, eu me encarrego de depois enviar as matérias e de dizer aos professores o que aconteceu com {Nome}.

- Certo Can, obrigada por ter nos informado sobre o ocorrido. - Diz o colega.

Você ainda parecia uma estátua, ainda chorava e queria gritar mas não conseguia, é como se estivesse tendo uma paralisia do sono, mas já tinha acordado e sentia isso, o mundo parecia um lugar tão estranho agora.

- Vamos, ajude-me a levantar-lhe. - Diz o vigilante ao colega.

O caminho até a enfermaria foi constrangedor, várias pessoas te olhando e você não conseguindo ouvir ou entender, olhava para o chão para tentar ter um foco.

Chegando lá, o vigilante te deixou sentar numa maca, desejou melhoras e chamou a enfermeira, esta obtinha um jovial e parecia ainda uma criança.

- Oi. - Diz a enfermeira sentando perto de você, não tanto pra não ocupar seu espaço - Queria saber se você está bem para poder me dizer o que aconteceu, está melhor?

Você assoava o nariz e não conseguia tirar os olhos do chão, nem sabe como viu a aparência da enfermeira. A mesma tocou você interrompendo seus pensamentos.

- Leve seu tempo, deve ser difícil se abrir para uma estranha. Ainda não me apresentei não é? Meu nome é Bisky, gostaria de saber o seu.

- {Nome}.

- Ummmh, {Nome}, que nome bonito, e pode me dizer qual foi o motivo de ter tido um ataque de pânico? Lembrando que se não quer se comprometer ou sentindo uma invasão na sua privacidade, não precisa falar.

- Alguém tinha me enforcado. - Você dizia com a voz murcha. - No meu sonho eu não fui nem capaz de me defender. - Seus olhos ardiam logo que as lágrimas entravam em contato com sua face.

- {Nome}, olhe para mim. - Bisky diz colocando a mão no seu queixo - Sonhos ou pesadelos muitas vezes são lembranças de traumas, então, pode tentar me falar um pouco mais sobre?

- Não dá, é só disso que me lembro. - Você dizia enquanto apertava o seu casaco na região das cicatrizes, Bisky deve ter notado e suspeitado do comportamento.

True colors - 𝐅𝐞𝐢𝐭𝐚𝐧 𝐏𝐨𝐫𝐭𝐨𝐫🕷Onde histórias criam vida. Descubra agora