012: eu vou te esperar.

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Roier tomou seu banho, agora estava usando a roupa do seu companheiro de flertes, sentado em sua cama, em que mexia sua perna direita constantemente. Aguardando o loiro voltar de seu banho.
O moreno pensava em como passaria sua última noite com Cellbit, e seu faria algo, talvez o beijo que foi atrapalhado pela criança.

— voltei Roier! — cellbit diz, chegando ao quarto, tirando assim todos os pensamentos bobos de sua mente.

— o-oi!

— bem... Vamos dormir?... — dizia fechando a porta e se deitando ao lado de Roier que se mantia sentado na mesma. — não vai se deitar?

— ah, claro! Eu estou nervoso, desculpa... — se deitou, olhando para o loiro

— não precisa se desculpar, nem se sentir nervoso, mas tenho que conversar que também estou.

— por que somos assim? — ambos riem

— está com sono?

— nem um pouco, e você?

— também não. Quer fazer algo...?

— o que sugere?

— talvez... Terminar o que a gente começou...?

— eh... A-acho uma ótima ideia... — seus rostos se aproximavam

As mãos de Cellbit rapidamente enlaçaram a cintura de Roier, que com sua aproximação, não teve escolha ao colocar suas mãos, uma em seu pescoço, enquanto a outra encostava em seu rosto. Se aproximando cada vez mais, e finalmente chegando aos seus lábios rosados. Era como se suas línguas dançassem de forma perfeita, e o seu beijo era calmo e singelo.
Em que infelizmente tiveram que se separar para respirarem.

Enquanto isso no outro quarto dessa mesma casa. Richas trocava mensagens sobre os acontecimentos com Forever, com o celular que pegou de seu pai.

— ”tio Forever, tá acordado?”— mandou uma mensagem de texto, em que após alguns minutos é respondido

— ”tô, o que você tá fazendo acordado uma hora dessas garoto?”

— ”quer saber da fofoca ou não?”

— ”pra quê a ameaça, vai contando”

— ” o tio Roier veio aqui na casa do meu pai desesperado, eu acordei com o chororo dele”

— ”ihhhh, lá vem”

— ” disse algumas coisas que eu não entendi, só ouvi um ’eu vou voltar pra Espanha’ e meu pai é pobre, sobrevivendo de migalha, aí que vem a merda, e aí sabe o que?”

— ”EITA PORRA, hm, conte”

— ” peguei os dois se beijando, peguei no pulo”

— ”esse é meu garanhão, já viu o boy moscando é beijaço”

— ”ai tio Forever, vem o pulo que faz eu querer desistir de viver”

— ” o que cê fez?”

— ” o problema desse escritor aqui ” — se referindo a se mesmo — ” é o de eu não estar escrevendo, então eu não sei as coisas que acontece, pode tá acontecendo pegação deles dois agora, e eu não sei”

— ”vai direto ao ponto.”

— ”eu atrapalhei o beijo deles, eu fui um fudido empata foda”

— ”NÃOOOO, NÃOOO, IMPATA FODA NÃO”

— ”isso mesmo Forever, eu me odeio, odeio não saber, e agora vou ter que e-s-p-e-r-a-r, para o MEU PAI me CONTAR” 

— ”e assim que um bom fofoqueiro morre”

— ” e é esse meu depoimento”

— ”já acabo? Então boa noite que eu tô me cagando de sono”

— ”boa noite tio!” — depois disso não ouvi mais respostas

O garoto ajeita o travesseiro, e tenta escutar algo, e o que escuta são alguns meros sussurros. Decepcionado, deita em sua cama, e entra em um sono profundo.

O casal estava dormindo, se beijaram mais algumas vezes, mas logo foram dormir.

No dia seguinte.

— bom dia — cellbit diz percebendo os olhos de Roier se abrirem.

— b-bom dia...!

— dormiu bem?

— sim, e você? — o olhava, o loiro segurou seu rosto

— foi a melhor noite que tive, queria ter você por mais tempo.

— infelizmente, tenho que voltar para a realidade, e ir embora, mas eu vou voltar, independente de quem me prender, eu vou voltar para você, e eu vou te beijar como se não houvesse amanhã

eu vou te esperar. Nem que eu tenha que esperar por 300 anos, eu vou te esperar até que meus ossos virem pó meu amor...

— é bom mesmo — lágrimas escorriam pelo seu rosto — não quero que me abandone

— nunca. — o casal se abraça, era como se isso fosse a última vez que se veriam, e também, era como se nunca imaginassem esse tempo passando.

O se levantou, todos tomaram café. E finalmente o Roier se foi. Deixando a casa como se estivesse fazia, pela visão do loiro. Como se uma parte de si estivesse indo embora e passando pela porta. Sem nem o avisar, mesmo que tivesse sido avisado. Era como um bandeide sendo arrancado de uma vez, mas diferente da dor que logo passa, essa continuava, e quanto mais tempo passava, mais a dor aumenta.v

[...]

— eu... Eu tô pronto Jaiden.

— Roier, não fique bravo. Não é como se estivesse fazendo algo mal a você.

— está tirando a chance de amar de mim. Então, eu tenho o direito, não acha? — Jaiden suspira

— se é isso que pensa, vamos.

Entram no avião. Roier se senta no assento que foi designado e era ao lado da janela. E teve até que um voou calmo, mas não parava de pensar no seu parceiro.

E assim, os dias foram se passando, cada dia mais terrível do que o anterior.

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𝑪𝒓𝒂𝒛𝒚 𝑳𝒐𝒗𝒆 ~ 𝑪𝒆𝒍𝒍𝒃𝒊𝒕 𝒙 𝑹𝒐𝒊𝒆𝒓Onde histórias criam vida. Descubra agora