007: se fode alarme.

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O loiro tinha acabado de deixar Richas na casa de Forever. Estava nervoso pelo seu filho, mas continuou a dirigir.
Chegando no local que já estava acostumado, fez o mesmo de sempre. Cumprimentou a  atendente, e foi liberado para ir até o escrito do dito cujo. Chegando lá, bateu em sua porta que foi falado para entrar.

— bom dia... — não tinha o sorriso radiante que sempre tinha ao chegar, mas o loiro ignorou, pois achou ser só impressão ou loucura

— bom dia senhor dr — se sentou na cadeira em frente a do psicólogo

— como passou o último dia? — perguntou normal, com um tom menos alegre, mas Cellbit pensou ser que teve um dia ruim, ou algo assim

— foi ótimo! Eu adotei um garotinho adorável, eu deixei ele na casa de um amigo para vir

— hm, ótimo. Se sentiu melhor?

— claro! É realmente incrível imaginar que minha vida desgraçada agora tem significado. Richas, mesmo que só tenha passado um dia e meio comigo, ele já é muito significativo, e já o amo com todo meu coração.

— fico feliz em ouvir isso, não sabia como reagiria a uma situação assim.

— eu não sou um monstro Roier... Eu fui forçado a lidar desse jeito com a vida, foi para sobreviver, eu tinha apenas 12 anos

— sinto muito, eu não acho que você seja um monstro. E também não estou aqui para te julgar, seria totalmente errado como psicólogo, mas mesmo assim, eu consigo ver que você não é um monstro, mesmo se não fosse seu psicólogo.

— obrigado... Mas bem, não era para ser triste.

— bem, qual o nome do seu filho?

— Richarlyson

— que nem o jogador?

— ahn?

— nada.

A muralha, que tinha se mostrado no começo da sessão, muito grande, aos poucos estava sendo escalada. A partir disso, o loiro claramente já havia percebido essa indiferença consigo.
A sessão já estava quase no final, então decide perguntar sobre.

— por que está estranho?

— e-eu não estou estranho

— diga a verdade, você nunca pareceu tão frio quanto hoje, não fez uma provocação do início ao fim

— estou tentando ser profissional

— não minta para mim Roier — o loiro se levanta

— eu não quero perder meu emprego, só isso

— nunca teve problemas com isso, o que muda? — caminhava até a cadeira no mesmo

— não quero ser demitido por uns flertes bobos que nunca vão se tornar nada, e que provavelmente você vai esmagar meu coração, como todos os outros.

— por que acha que eu faria algo assim?

— você não é diferente de todos.

— como sabe se nunca provar?

— já provei de mais, e agora não quero quebrar a minha cara novamente — o loiro chega a cadeira do moreno virando a cadeira para si

— o que tem que você acha que eu não gostaria?

— n-não... Não acho melhor falar sobre

— não vou saber se não dizer

— Ook... Eu... Sou diagnóstico com depressão, e um tiquinho de dependência a qualquer pessoa que me envolva.

— e por que eu o-abandonaria?

— o-oque?? — estava definitivamente muito surpreso — você não estranha?

— eu sou um ex presidiário, eu matei incontáveis pessoas, acha que depressão e dependência seria um problema?

— você não sabe o quanto eu tô feliz — tinha um sorriso encantador no rosto

— se alguém não ficou com você ou quebrou seu coração por causa disso é porque não o amava, e que era um idiota, me passa o nome e indereço dessas pessoas que nunca mais elas vão fazer isso com você

— e eu ainda sou seu psicólogo

— aff — bufa — mas sério, eu não entendo o porquê dessas pessoas fazerem isso, você é perfeito, não deixa se levar por babacas estúpidos

— você é incrível garoto!

— não é para tanto — estava um clima bom entre ambos, definitivamente romântico

Estavam felizes e agitados, não imaginariam que iria acontecer isso. Um louco e um doutor, realmente doido de se pensar. Estava cada vez mais próximos um do rosto do outro. Estavam prestes a se beijar. Até que um maldito alarme indicando que a sessão havia acabado toca no celular do médico.

— ah merda...! — bufa, ambos se separam

— te vejo na próxima sessão, doutor sexy

— a-ah t-tchau...? — fica meio rosado, enquanto o loiro sai da sala.

Não podia imaginar o que tinha acontecido, estava feliz e um pouco confuso. E com vontade de tacar a merda do alarme na parede, mas custa caro, não tá doido ainda.

— AHHH, se fode alarme.

A muralha que estava os separando, com certeza tinha sido explodida.

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Oiê!

Uma referência no final 😽

É isso, byee

𝑪𝒓𝒂𝒛𝒚 𝑳𝒐𝒗𝒆 ~ 𝑪𝒆𝒍𝒍𝒃𝒊𝒕 𝒙 𝑹𝒐𝒊𝒆𝒓Onde histórias criam vida. Descubra agora