catorze

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NÃO QUERIA desculpas de hueningkai, nem nada parecido, queria que ele sumisse e nunca mais aparecesse na minha frente

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NÃO QUERIA desculpas de hueningkai, nem nada parecido, queria que ele sumisse e nunca mais aparecesse na minha frente. no sábado eu e meu pai brigamos mais uma vez e eu pensei seriamente sobre sair de casa, mas não teria um lugar pra ficar. minha vida têm sido uma merda completa.

nesse momento eu estou deitada na cama, enquanto via as novas postagens de kylie no seu feed do instagram. me doía ter abandonada ela e juan, eu não gostei nada de sair do canadá, eu preferia estar lá do que ao lado de um monte de gente que não gosta de mim.

eu ainda tinha seu número, mas ligar não me parecia uma opção, kylie ficou brava por eu ter saído do país e não apoiar juan, tentei me explicar, ela não me ouviu e ficou por isso, ela não foi me ver no dia que viajei, mas pelo menos juan estava de boa comigo, o visitei antes de ir, ele disse que não achava o melhor, mas me apoiava, ou apoiava minha mãe, apesar de eu querer ficar lá.

encarei o seu número na tela do meu celular pela vigésima vez e bufei, clicando no botão verde. coloquei o celular no ouvido e me sentei na cama, batucando meus dedos na minha própria coxa. quando visse meu nome ela poderia simplesmente ignorar e rejeitar, ou atender pra me xingar, ou não ouvir a chamada porque está fazendo algo importante, cortando chuchus ou sei lá, não ver porque estou bloqueada ou algo do tipo. mas o que eu não queria aconteceu, ela atendeu.

alô? — sua voz parecia distante, talvez por eu estar ocupada estando surpresa ou ela esteja realmente longe — yuna, está aí? aconteceu algo?

o meu nome sendo citado acabou me despertando do transe.

— ky..lie — minha voz falhou, me repreendi mentalmente. não poderia ter esquecido o inglês em apenas algumas semanas. — kylie! está bem?

yuna, eu estou bem, só sinto sua falta, tipo, quase todos os dias. — a menina parecia animada em falar comigo. — como é aí, no Japão?

— espera.. você não está brava comigo ou algo assim? 

claro que não, yu! eu fiquei realmente brava nos primeiros dias, mas depois minha saudade foi mais forte, só não liguei porque pensei que estava chateada.

eu não liguei porque achei que estava brava, ky. por causa de seu apelido eu me lembrei do traste chamado hueningkai.

mas agora, me diga, como é aí? muito diferente, estou certa?

— sério, deveria vir pra cá algum dia, é muito lindo e limpinho, mas ainda sinto saudades daí. 

posso imaginar, sempre vejo os vídeos, o povo é muito educado não é? — ri lembrando de que todas as pessoas que conheci não éramos tão educadas quanto imaginei. — juan também sente sua falta, quando vai vir nos ver? você vai voltar pra cá?

— eu quero voltar o mais rápido possível, não tenho uma amizade que nem a que eu tinha com vocês aí. e quando for ver o juan, diga à ele que também estou morrendo de saudades do colombiano mais legal que já vi. — ela riu do outro lado da linha, sentia saudades de nossos momentos assim.

[•••]

acabamos conversando quase que a tarde inteira, o que foi muito bom pra mim. pretendia colocar meu celular pra carregar e assistir alguma coisa no meu notebook, mas antes de eu colocar o aparelho pra carregar, vi uma notificação aparecer na tela. uma mensagem, de seunghyun.

quero te encontrar amanhã. consegue vir? talvez uma 9 da manhã
05h07pm

consigo sim, oldie 
05h08pm

ele apenas visualizou.

coloquei um filme no notebook e comecei a assistir, mas ainda me perguntava sobre o que seunghyun queria que eu fizessenum domingo de manhã.

[•••]
domingo, 09h02

bocejei enquanto seunghyun sentava em um banco perto da loja.

— o que deseja num domigo de manhã?

— você corria né? — arqueei uma sobrancelha, mas concordei — eu sabia, achei um vídeo de um racha seu de 2020. e muitos outros — arregalei meus olhos — depois que virou maior os vídeos sumiram, todos sabemos o por que, certo? vou ser direto. queremos você na corrida de drift. — abri minha boca em um perfeito "o". — você aceita?

— só pode estar de brincadeira! é óbvio que eu aceito, velho! eu só preciso de um carro.

— imaginei, vamos? — ele perguntou, se levantando do banco. o encarei confusa — não precisa de um carro? então vamos comprar.

eu só podia estar num sonho. e eu já sabia exatamente o carro que eu queria.

já que ele quer comprar, então vai gastar!

do ur thangOnde histórias criam vida. Descubra agora