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QUEM FOI O idiota que contou meu nome pra ele?

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QUEM FOI O idiota que contou meu nome pra ele?

ok, eu sei que em algum momento ele iria descobrir, mas tão cedo? nem imaginava.

meu pai estava estranho ultimamente, nem sei o por que. quando chego em casa, ele não está lá e só chega depois que eu durmo, ao menos diz um boa noite. talvez minha mãe tenha escolhido errado em me mandar pra cá, ele ao menos pergunta se estou bem ou se comunica.

mas, pra falar a verdade, eu já esperava isso, ele nunca se preocupou comigo quando morava no Canadá, meu pai nunca pagou minha pensão, mas eu não tive ressentimentos, o que acabou sendo o meu grande erro.

morar em tokyo têm sido estressante, mas essa semana têm sido melhor que as outras em que eu me perdia com as ruas parecidas e letras difíceis de ler por falta de costume.

graças a minha mãe eu sei falar bem, já que ela se importou e me colocou pra aprender japonês e coreano, eu não entenderia nada se ela não tivesse feito esse esforço 

essa semana eu e niki ficamos próximos, conversamos bastante sobre escola, matérias chatas, amigos, músicas e muitos outros assuntos e acabamos por descobrir que temos muita coisa em comum, um exemplo: eu amo pop, pop rock, punk rock e estilos desse tipo, riki também, mas curtimos bandas diferentes, enquanto niki gosta de foo fighters e sex pistols, eu preferia blink-182 e green day, mas não éramos totalmente fanáticos por eles, curtimos as músicas.

bom, voltando ao assunto paterno, eu e meu pai brigamos hoje, me tranquei no meu quarto e nesse exato momento, estou me arrumando pra ir no evento do dia, a corrida! 

arrumei meu cabelo, deixando ele solto e coloquei um calça jeans rasgada, um cropped de manga longa e por cima dele uma camiseta de boston celtics. 

uns dias atrás eu estava com uma camisa de hockey e hoje eu estou com uma de basquete, que atleta.

ri do meu próprio pensamento, dessa vez decidi não levar blusa e, mais uma vez, pulei a janela. fiz o mesmo esquema da outra vez, mas hoje seunghyun não me convidou, então eu iria por mim mesma. assim que cheguei na frente da conveniência, pedi um carro por aplicativo e um tempo depois estava em kabukicho, paguei e saí do carro.

comecei a andar com meu celular na mão, andando pelo mapa que tinha na tela. 

— sabe, não andamos com o celular na mão em kabukicho. — me assustei ao ouvir uma voz grave perto de mim. era um homem de cabelos vermelhos quanto um tomate — desculpe, não queria te assustar, mas você parece perdida.

— primeiro, quem é você? — perguntei, ainda em estado de alerta.

— me chamo kanemoto yoshinori, mas pode me chamar de yoshi. você é?

— yuna, shin yuna — sorri e comecei a notar no homem, seus olhos eram castanhos, mas pela escuridão da noite eles pareciam pretos, o mesmo com o cabelo vermelho. — é daqui, não é?

— como descobriu? — riu baixinho — você é uma gaijin, é meio óbvio.

— como descobriu? — repeti o que o mesmo tinha dito. — foi pelo sotaque ou pelos traços? porque eu descobri que você é daqui por isso, os traços.

— é difícil reconhecer os outros asiáticos pelos traços, yuna. eu mesmo não consigo. mas eu descobri você pelo sotaque, você fala bem e é quase irreconhecível, mas não o suficiente pra um japonês raiz! veio de onde?

— Canadá, meus pais são coreanos, se divorciaram e minha foi pra ele. — expliquei rapidamente — e você?

— de hyōgo.

— uou, é longe daqui. 

— sempre sonhei em morar em tokyo, não está sendo o sonho que imaginava, mas dá pro gasto — ri. — como gaijin, está visitando kabukicho?

— já vim aqui antes, yoshi. eu vim ver uma corrida — seu semblante mudou de sorridente pra sério, mas logo voltou ao de antes.

— e não sabe como chegar, acertei? — confirmei com a cabeça — posso te ajudar, me siga.

ele virou pra direita e quando vi, estávamos no mesmo lugar que eu estava uma semana atrás.

— quer ficar por aqui? — perguntou, eu tinha uma bela vista da chegada por aqui, e como imaginei, já tinha começado. assenti.

normalmente, eu evitaria qualquer tipo de contato com alguém em kabukicho, pelas minhas pesquisas, apesar daqui ser lindo e um ótimo lugar pra diversão, a yakuza domina esse local, mas eu acabei me sentindo confortável com yoshi.

ficamos conversando sobre tokyo que nem percebemos o tempo passar, a corrida tinha acabado e, como sempre, hueningkai havia ganhado. 

— aquele é seu namorado ou algo do tipo? ele parece furioso vindo pra cá

— o quê? eu não tenho namorado. — olhei pro lado e vi kai junto de seunghyun, e ele realmente parecia furioso. esperei ele chegar pra explodir

— você ficou maluca? o que está fazendo aqui sem avisar ninguém? sabe o que poderia ter acontecido com você se ficasse sozinha por mais tempo aqui? 

— se acalma, ning ning — pediu seunghyun.

— acho que você não tá ligada nos perigos daqui, porque você só pode ter enlouquecido de ter vindo sem avisar, não é mesmo?

— pronto? — indaguei, fazendo o menino bufar — relaxa tá? eu sei dos perigos e tal, mas não é pra isso tudo. mas se não me quiser por aqui é só falar, o lugar é de sua propriedade mesmo, não é? 

ele riu irônico, estamos prontos pra começar uma discussão feia, mas seunghyun disse algo no ouvido dele que o fez respirar fundo.

— moço, me desculpe por isso, mas agora pode deixar ela comigo agora, tudo bem? obrigado por cuidar dessa irresponsável durante esse tempo. — por que diabos ele fala com yoshi como se ele fosse um segurança de shopping?

— ahn, de nada? — falou, enquanto os meninos me arrastavam — tchau, yuna!

— tchau, yoshi. me desculpa por isso.

do ur thangOnde histórias criam vida. Descubra agora