Capítulo 11

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Hoje seria o dia da minha festa de 17 anos, mas o meu aniversário é somente amanhã. Mesmo assim, ainda posso comemorar, então chamei quase todos os alunos do meu ano para a festa, e quase todos confirmaram presença.

Estava muito animada, pois May e minha mãe estavam me ajudando em tudo, deixando o lugar que será a festa cada vez mais bonito. Alugamos um salão de festas, onde tem um bar de bebidas e fica em frente à praia. Será incrível demais.

Infelizmente, Tom irá na festa, sem dúvida alguma, mas não vou deixar isso me abalar e vou aproveitar o máximo de tudo. Patrick provavelmente vai fazer de tudo para que eu consiga ter o meu melhor dia, e só de pensar isso já me sinto mais feliz.

(...)

As horas se passavam e a minha ansiedade só aumentava. Esperei por esse momento por muito tempo, e finalmente ele chegou. O salão de festa está inteiro decorado, as taças e comidas sobre uma mesa gigante que estava no fundo do local, para as pessoas poderem degustar da comida e também beber um pouco, já que havia um mini bar ao lado.

— Selena, isso está incrível! — May disse, me encarando de cima a baixo. — Você está incrível!

— Obrigada, May. Você também — disse e a analisei melhor: usava um vestido curto azul marinho, com um decote lindo que realçava seus seios e um salto prata espetacular. Eu estava com um vestido vermelho que tinha um corte no meio da minha coxa, o tornando um pouco mais sexy. Usava um salto e batom da mesma cor do vestido, realçando mais ainda a minha cor preferida.

— Os convidados já estão chegando! Daqui a pouco vai estar lotado! — disse ela, animada.

— A Bea ainda não chegou... Ela sempre chega atrasada, não é? — Rimos e esperamos nossa amiga aparecer.

Aos poucos, o local que antes só havia eu e minha amiga estava cheio de adolescentes, que bebiam até caírem no chão de tão embriagados e que dançavam como nunca no meio da pista. Todos eles me cumprimentavam e logo em seguida já iam curtir a festa, e isso se repetiu a noite inteira. Alguns grupos de pessoas foram formados e o barulho das conversas se misturavam com o barulho da música.

— Ei, que tal fazermos verdade ou desafio? — perguntou Beatrice, intrigada.

— Ótima ideia! Eu giro a garrafa — disse um garoto que era amigo de Patrick e girou a garrafa que antes estava bebendo em cima da mesa.

O tempo foi passando e todas as pessoas já haviam contado algo vergonhoso sobre si ou pagou algum mico com o desafio, mas até aquele momento eu não tive que fazer nada. Quando estava sem esperanças e ia me levantar, a garrafa caiu em mim. Olhei para frente para ver quem ia me perguntar, e percebi que era minha amiga, May.

— Verdade ou desafio, baixinha? — perguntou ela, sorrindo.

— Verdade — falei sem ligar, já que não tinha nada para esconder.

— É verdade que você tem uma queda pelo meu primo? — perguntou e imediatamente eu neguei com a cabeça.

— Sim, é verdade — Tom disse antes que eu pudesse responder.

— Cale a boca! Só uma louca para ter uma queda por você — disse irritada, enquanto ele apenas ria de mim.

— Não se insulte dessa maneira... — disse ele com um tom de sarcasmo, olhando em meus olhos, e eu apenas queria gritar.

— Vai se foder, Kaulitz — disse, me irritando mais ainda. Além de ser disléxica, tenho um problema de raiva que faz com que eu me irrite muito facilmente.

— Meu Deus, por que vocês não vão logo descontar todo esse ódio na cama de uma vez? — perguntou Georg, e todos riram.

— Ela prefere me xingar do que admitir que está totalmente encharcada — Tom disse, rindo com Georg.

— Você é um idiota — disse, querendo sair daquele lugar o mais rápido possível enquanto o meu coração batia cada vez mais rápido.

— E você adora esse idiota — completou, mas não aguentei e levantei da cadeira, indo para qualquer outro local, menos aquele.

Havia fogo em meus olhos, e qualquer um que passasse por mim levaria um soco na cara. Por que ele tem que dizer aquelas coisas? Por que ele gosta tanto de me irritar? E por que eu ligo para o que ele diz?

Eu só queria pegar um objeto e jogá-lo na parede, mas infelizmente não posso. Pisei com mais força sobre o chão, podendo escutar o barulho de meus saltos sobre o chão, mesmo com a música estourando meus ouvidos.

Estava com raiva, mas com tesão. Queria foder agora, mas meu namorado ainda não chegou, e não posso fazer nada. Fui ao banheiro e me olhei no espelho. Estava linda, maravilhosa, mas suando um pouco e com a respiração acelerada, meu peito subindo e descendo em busca de ar. O calor ali era óbvio, mas não estava percebendo por conta da diversão que antes sentia.

Me lembrei de May. Por que ela fez aquela pergunta? Ela sabe muito bem que eu odeio seu primo, com nenhum respeito e com muita ofensa. Aquele garoto me faz querer matá-lo só de ouvir sua voz, e saber que não posso fazer isso me deixa mais irritada ainda.

Saí do banheiro ignorando tudo o que sentia e coloquei um sorriso no rosto, conversando com outras pessoas e ignorando os outros que vi anteriormente. Senti meu ombro ser cutucado, então me virei e me deparei com May em minha frente.

— Eu sinto muito, Lena. Eu juro que foi sem pensar. Não deveria ter perguntado aquilo... — dizia ela, mas eu não estava me importando.

— Não tem problema, só não faça isso de novo. Eu quero aproveitar a minha festa, não ouvir pessoa falando que eu e o garoto que mais odeio na face da terra precisamos foder, tá? Eu vou encontrar Patrick, depois conversamos. — Caminhei na direção oposta e só consegui sentir o olhar de minha amiga sobre mim, fuzilando minha cabeça.

Me sentei em um sofá que havia perto da escada para o segundo andar, onde havia alguns quartos que eu tinha certeza que haviam pessoas transando ali. Peguei um cigarro e comecei a fumar ali mesmo, esperando por Patrick.

Alguns minutos se passaram e ele finalmente apareceu, logo um sorriso ficou estampado em meu rosto e ele veio me abraçar.

— Feliz aniversário adiantado, linda. Desculpe pelo atraso — disse, retirando o cigarro de minha boca e colocando na sua. — Trouxe isso para você, espero que goste.

Peguei a caixinha preta de suas e a abri, vendo um colar prateado com pedras que brilhavam muito lindo, e o abracei em troca.

— Muito obrigada! É muito lindo — disse e peguei o cigarro novamente para tragar mais uma vez.

— Vou colocar em você. — Abriu a caixa novamente e retirou o cabelo de meu pescoço, onde depositou um selinho antes de fechar o colar que havia me dado.

Olhei para o colar e vi que estava perfeito em meu colo, e exalava um brilho radiante.

— Ficou lindo em você... — disse ele, me abraçando por trás e colocando suas mãos em volta da minha cintura.

Estava aproveitando o momento com meu namorado, até sentir o olhar de alguém sobre mim. Mas não era um olhar normal, como se a pessoa só estivesse encarando a aniversariante, mas sim um olhar de ódio, de irritação, e eu sabia exatamente de quem era.

Me virei e beijei Patrick, depois de soltar a fumaça do cigarro. Sorri e abri os olhos olhando bem para Tom, que apenas me encarava como se fosse me matar. Ele gosta quando beija outra garota, mas não gosta quando me vê com meu namorado, e eu adoro isso. Adoro irritá-lo.

— Tenho mais uma surpresa para você — disse o garoto que estava em minha frente, me fazendo desviar o olhar de Tom e encarar ele.

— O quê? — perguntei, e ele se afastou de mim e foi em direção ao homem que cuidava das fotos e da filmagem. Sussurrou algo em seu ouvido e consegui ver que o monitor para apresentações foi ligado.

— Atenção! Queria comunicar que tenho uma surpresa para a minha namorada, a aniversariante desta festa! — disse ele sorrindo, e eu o encarei orgulhosa.

A tela estava branca, mas logo depois consegui ver Patrick ali, com uma garota.

Mas o que eu menos esperava era que ele fosse beijar aquela garota, muito menos que ela fosse Beatrice.

Stop Loving Me - Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora