Capítulo 13

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Eu não sei mais o que fazer agora, porque meu namorado me traiu com a minha melhor amiga, se é que eu posso chamar de amiga, e provavelmente esse foi o aniversário mais traumatizante da minha vida.

Temos ainda mais 1 mês de aula, e acho que não vou conseguir olhar em seus olhos sem relembrar daquela cena em que vi no telão...

Assim que a aula acabou, fui direto para a casa de May; ainda tenho que cuidar de sua irmã mais nova.

Cheguei em sua casa e encontrei Mavie sentada no sofá, assistindo TV. Conversamos um pouco, fiz um lanche para ela, brinquei com seus bonequinhos e ela adormeceu no sofá depois de brincar a tarde inteira.

Fui em direção à geladeira para ver se havia algum tipo de bebida, podia ser até uma vodka ou cerveja, mas não havia nada. É claro que não teria essas coisas na geladeira, já que tem uma criança em casa, então peguei um copo de suco de laranja e me sentei no sofá novamente, mas estava tão cansada que assim que terminei o suco adormeci ali mesmo.

(...)

Acordei e olhei para o lado, vendo a pequena Klein dormindo ao meu lado, respirando fundo. A peguei no colo sem acordá-la e fui em direção ao seu quarto. A coloquei em sua cama, cobri ela com um cobertor e fechei a porta após sair.

Me virei para voltar para a sala, mas percebi que a TV havia sido ligada. Caminhei devagar para ver quem estava ali, mas era apenas Tom no sofá assistindo o jornal. Revirei os olhos e me sentei no sofá com um pouco de distância do Kaulitz e sem olhar em seus olhos.

— Oi — disse, cortando o clima estranho.

Não respondeu.

— Não vai me responder, Kaulitz? — perguntei com um sorrisinho.

Continuou calado.

— Tudo bem, então. — Mudei meu tom de voz, de irritado para calmo.

Tentei dormir ali mesmo, sem falar uma palavra com ele.
Se ele quer brincar, vamos brincar. Mal sabia ele que eu era a mestra na ignorância.

Me levantei e fui para a cozinha, mas estava com tanto sono que estava quase dormindo no balcão. O tempo inteiro eu sentia o olhar de Tom sobre mim, e isso me perturbava.

Estava quase caindo no sono, até que meu telefone começa a tocar. Pego ele em cima da mesa da cozinha e vejo que era May novamente.

— —

— Oi, Lena. Desculpa, mas eu não vou conseguir ir aí hoje.

— Como assim? Eu preciso de você... — respondi, sonolenta.

Ela riu de minha voz rouca e continuou.

— Meu pai vai precisar de ajuda aqui no hospital, e como eu fiz um pequeno curso de enfermagem, isso pode ajudar.

— Mas eu não quero ficar aqui, sozinha. Tom está aqui, e sinceramente, está me irritando muito.

— Ai, Selena, irrite ele mais! Você sabe como o meu primo é, e ele adora deixar os outros irritados, principalmente você. Fique no seu canto e não faça nenhuma merda, tá? Amanhã eu vou aí e te levo para casa.

— Valeu, May. Até amanhã...

— Beijos, S.

— —

Continuei ignorando Tom, mas algumas vezes olhava em seus olhos, sorria discretamente e depois me virava de costas, me apoiando em cima da bancada. Ele pareceu não ligar, mas eu sei que estava completamente irritado.

Comecei a sentir meu corpo esquentar, e percebi que estava 32°C. Havia uma blusa de May em cima da mesa da cozinha, então a peguei para retirar a minha blusa para colocar a sua, já que era mais fina e fresca. Ignorei que o Kaulitz me encarava como se fosse me engolir com os olhos e tirei a blusa, assim a jogando em cima da mesa e colocando a de May em mim. Peguei minha blusa novamente e a dobrei, deixando-a na minha mochila da escola que estava ao lado da porta.

Estava voltando para a cozinha para lavar a louça suja, porém fui impedida por duas mãos fortes que me pressionaram contra a bancada lisa e fria da pia.

— Por que você está assim? Tão... normal? — perguntou sarcástico, a centímetros de distância de mim.

— Como assim, Tom? Do que você está falando? — perguntei, confusa.

— Não se lembra? De como eu te fodi ontem à noite, princesinha... — disse, sorrindo.

— Não me chame assim. — Me irritei, ficando na defensiva com essa aproximação estranha.

— Pareceu gostar quando estava gemendo o meu nome na cama. — Pegou em minha cintura com força.

— Mas... — Não estava entendendo, até me lembrar de tudo que aconteceu. Eu bebi tanto ontem à noite que não conseguia me lembrar de nada depois de ver Patrick caído no chão, mas agora que Tom disse isso, lembrei de tudo. Do desafio, do armário, dos beijos, do sexo...

— Você sabe que eu te odeio, Tom. Jamais faria isso. — Menti.

— Coitadinha... Ficou tão bêbada que não lembra que transou comigo. — Riu, ficando próximo ao meu ouvido.

— Aquilo foi um erro. Não vai se repetir — admiti, fechando os olhos e cerrando os punhos.

— Será mesmo? Só de eu ficar perto você já fica totalmente molhada — sussurrou, mordendo minha orelha levemente.

— E você só de eu aparecer com outro cara já fica irritadinho — retruquei.

— Não é "outro cara", é um cara babaca que eu sei que manipula todo mundo. Inclusive eu — disse, ficando sério, mas não me deixando escapar de seus braços.

— O que ele fez com você?

— Não importa. Você não se importa para o que eu tenho a dizer ou fazer.

— Exatamente, então já pode sair da minha frente. Está me irritando — falei, me arrependendo logo em seguida.

— Ah, é? — Se aproximou de mim, ignorando o que eu disse.

— Sim, Tom. Saia daqui, por favor. — Tentei o empurrar, mas ele era muito mais alto e forte do que eu.

— Está tendo que implorar para eu sair, mas sei que no fundo quer que eu fique. Você adora me provocar, baixinha. Eu sei, eu também adoro — disse, então senti seus lábios em meu pescoço, depositando beijos leves e algumas mordidas.

— Não, Tom. Eu não gosto — disse, me inclinando para trás para evitar encostar em seu corpo.

— Falar isso não vai fazer eu obedecer o que você pediu, mas eu vou fazer você me obedecer — afirmou.

— Não vou te obedecer, Kaulitz. Seus joguinhos não funcionam comigo. — Sorri e o empurrei para trás, mas ele voltou e me prensou contra a bancada novamente. — Eu te odeio.

— Então admita que me odeia, amor. Diga, Selena.

— Eu- — Ele me interrompeu e beijou minha boca rapidamente. — Te- — Me puxou pela cintura para mais perto de si e me beijou novamente. — Od- — Me tirou do chão e me colocou em cima da pia. — Odeio.

— Eu disse que você ia me obedecer. — Sorriu vitorioso e eu mordi os lábios irritada.

— Filho da puta — o xinguei, sentindo seus lábios nos meus novamente.

— É melhor você parar de me xingar e admitir que eu sou melhor do que você — disse, e eu me recusei a fazer isso.

— Você não é melhor que eu, Tom. Teve que esperar eu ficar bêbada para conseguir foder comigo. Isso já conta como uma derrota. — Desci da bancada mas ele me colocou ali novamente.

— Tem razão, mas ainda vamos fazer isso novamente com você totalmente sóbria, Johnson. Você pode me odiar o quanto quiser, mas sempre saberá que não resiste à mim. — Sorriu e me beijou novamente, mas dessa vez eu retribuí, e com vontade.

É verdade. Eu não consigo resistir ao Tom, e ele não consegue resistir à mim.

Com isso, acabei ignorando tudo o que aconteceu e me agarrei à ele, colocando minhas mãos em sua nuca e sentindo sua mão ir em meu peito por baixo da blusa, o apertando e alisando. Suspirei entre o beijo o puxei para mais perto de mim, mas escutei um barulho de uma porta ser aberta e percebi que era Mavie. Me separei de Tom e desci da bancada o mais rápido que consegui, indo para a sala enquanto Tom estava parado no mesmo lugar. Ele olhou para mim e sorriu, enquanto eu apenas continuava com a minha expressão de irritação e ia falar com Mavie.

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⏰ Última atualização: Dec 24, 2023 ⏰

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