Capítulo 4

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Patrick acabou de me levar para casa e está saindo com a sua moto de minha garagem. Sorri o olhando e então me virei para ver minhas opções do que fazer: comer, dormir, ler revistas novas... PUTA MERDA, O MERCADO!! Esqueci completamente que a minha mãe pediu para eu comprar as compras do mês no lugar dela, já que ela ficaria o dia inteiro de plantão no hospital.

Balancei a cabeça rapidamente saindo do choque e corri para meu quarto para me trocar. Coloquei uma calça jeans clara, uma camiseta branca e uma jaqueta preta de couro por cima. Peguei o carro do meu pai e fui ao mercado, mesmo ele ficando meio apreensivo quanto à eu dirigir seu carro. Ele que se foda, precisamos comer.

Estacionei o carro ao chegar no mercado e saí correndo eu disparada pegando um carrinho e depois recuperando o fôlego. Peguei várias coisas das prateleiras lotadas de comidas e fui colocando tudo no carrinho. Quando fui pegar o leite, outra pessoa colocou a mão por cima da minha para pegá-lo. Olhei para o lado e me deparei com a minha amiga que havia saído do país há 3 anos, e não conseguimos manter contato.

— Oi, Selena. Você por aqui? — perguntou a loira que usava roupas escuras, maquiagem forte e um batom vermelho sangue nos lábios. Fiquei meio supresa, mas a abracei sorrindo com saudade.

— Oi, May. Eu que pergunto, o que você está fazendo aqui? Foi morar na Suécia e nunca mais veio me visitar — respondi e ela soltou um riso frouxo.

— Eu voltei faz apenas alguns dias, porque a empresa que meu pai fechou na Suécia e agora só tem na Alemanha. Voltamos para a mesma casa de antes, e eu vou estudar na sua escola, sabia? — perguntou e eu fiquei chocada novamente.

— Sério? Que legal! Tenho muitas novidades.

— É! O problema é que como as coisas da mudança ainda não chegaram, vou ter que ficar morando por enquanto com os meus primos chatos — disse revirando os olhos e eu ri guiando o meu carrinho até o caixa depois de pegar o leite.

— Que droga, mas você suporta eles. Já viveu bastante coisa e é uma das mulheres mais fortes que eu já conheci — disse me referindo à sua falecida mãe, que partiu 1 ano antes de se mudarem para a Suécia.

— Sim... Sinto muito a falta dela, sabe? O pior é que a nossa última conversa não foi muito boa... — falou triste olhando para o nada enquanto eu escutava o Bipe dos produtos passando pela máquina.

— É, você me disse. Agora vamos falar de coisas boas, por favor? — perguntei sorrindo tentando mudar de assunto.

— Claro, Lena. Quer passar na minha casa depois?

— Óbvio! Temos muito à conversar! Mas primeiro eu tenho que levar as minhas compras para casa — avisei e ela concordou me abraçando novamente. Ela sempre foi a minha melhor amiga, mas não chegou a conhecer Bea. Acho que elas se dariam super bem.

Fomos cada uma para os nossos carros, quer dizer, para os carros dos nossos pais, então eu fui para a minha casa e ela foi para a dela. Deixei o carro na frente de casa e sai rapidinho. Destranquei a porta e coloquei as compras em cima da bancada, logo entrei no carro de novo e parti para a casa da Mayla.

(...)

— Você demorou mais do que eu pensei, sabia? — perguntou ela assim que bati em sua porta e ela abriu para eu entrar.

— Você mora longe, sabia? A escola está entre as nossas casas — perguntei e ela me deu um tapinha no braço. Tirei meus sapatos e deixei ao lado da porta, então comecei a analisar melhor a casa. Eu já vim aqui algumas vezes, quando nós éramos menores e ficávamos com a sua tia, mas nunca vi os primos dela aqui, porque eles ficavam com o pai. Estava tudo bem parecido, porém o sofá era diferente, maior e mais escuro, as paredes brancas agora estavam pintadas de cinza, alguns móveis estavam em lugares diferentes, mas basicamente igual.

Stop Loving Me - Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora