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Pânico...

Era isso que eu sentia no momento, fazia tempo que eu não tinha uma crise assim, mas ao entrar na sala da minha casa depois de uma manhã inteira de aulas e ver aquele monstro  sentado no sofá conversando com o meu pai como se ele nunca tivesse feito nada contra mim, agindo normalmente...

Fazia 1 mês que ele não nos visitava, eu me sentia aliviada por não ver seu rosto, por não voltar para aquelas memórias ao ver a sua face com aquele sorriso tenebroso que exalava segundas intenções.

Mas lá estava ele novamente com aquele sorriso...

Tudo começou a girar, e aos poucos fui perdendo a respiração, minha vista começou a escurecer e logo eu estava no chão, meu pai correu em minha direção exalando preocupação, ele chamava a minha mãe, que logo apareceu e correu em minha direção com a mesma preocupação que meu pai , mas ele ainda estava lá, parado fingindo estar preocupado...

Antes de perder a consciência lembro de ver ele sorrir , era um sorriso que exalava maldade.

Porém quando acordei naquela tarde ela já não estava mais lá, agradeci aos céus por isso, mas a minha mãe estava ao meu lado.
Dava pra ver em seus olhos que ela já não aguentava meu silêncio, ela queria uma resposta por mais mínima que fosse.

Eu estava me preparando mentalmente para contar a ela tudo que havia acontecido, mas eu não pretendia contar tudo a ela naquela tarde, eu ainda sentia que eu não estava preparada para contar.
Mas ao ver a face de preocupação e cansaço da minha mãe percebi que eu deveria contar não importa se eu estava ou não preparada.

Foi naquele momento, naquela tarde, sentada naquela cama, foi naquele dia que minha mãe descobriu tudo.

Meu silêncio foi finalmente quebrado, e eu finalmente me sentia leve...

O Suicídio das Borboletas Onde histórias criam vida. Descubra agora