Ryder - Pronto para você

CAPÍTULO 16

|R Y D E R|

— Papai. É muito grande! — Belinda diz com espanto e sorrio, assentindo.

O carro finalmente para em frente a enorme mansão branca e solto o ar, nervoso.

Não estou com medo das pessoas que eu e Belinda iremos conhecer agora, minha mulher os ama e confia sua vida à eles, então, confiarei também.
Meu medo é isso ser muito maior do que eu posso imaginar. Não fazemos ideia da dimensão do problema e estou envolvendo toda a minha família em uma briga que não era minha.

Não era, mas se tornou. — Sussurra minha consciência.

Se a mulher que eu amo, minha futura esposa e mãe dos meus filhos está correndo perigo, sim, a briga se tornou oficialmente minha.

— Vamos. — Elena sorri de orelha à orelha ao sair do carro.

Estamos em uma região rural da Itália. Cercados por um vinhedo muito bonito. Não há nenhuma outra casa nos arredores, somente esta.

Com a visão periférica, vejo alguns homens ao longe, armados até a cabeça, rondando, vigiando o perímetro.

Elena pediu aos seus padrinhos que mantivessem os homens afastados da entrada para não assustar a Bel, não que eu ache que ela fosse se assustar de fato, minha filha e Jake amam jogos de guerra, ela até já me pediu uma airsoft, que obviamente, neguei.

Meu medo é Belinda gostar demais daqui e não querer mais ir embora!

Os pais e irmão de Elena saem do carro que chega logo depois de nós e imediatamente Belinda solta minha mão e corre até Gabriel, que a segura no colo, girando-a no ar.

Não consigo segurar o sorrio de satisfação ao ver minha garotinha tão feliz com seus novos parentes.

Elena segura minha mão e suspiro, começando a andar em direção à enorme escadaria, e no topo, a porta de madeira tão enorme quanto a casa.

— Aquele é o Davi de Michelangelo verdadeiro? — Questiono, surpreso ao notar a estátua sobre a fonte.

Eu vi essa estátua no museu no ano passado. Posso jurar que é idêntico!

— Ninguém sabe. — Elena ri e pisco diversas vezes.

Antes mesmo que pudéssemos bater na porta, ela se abre e aperto a mão de Elena com mais força. Ela me olha com calma e abre um sorriso encorajador.

Belinda passou do colo do tio para o de Theodore e solto o ar, tentando não me preocupar.

— Sejam bem-vindos novamente. — Uma mulher que deduzo ser uma empregada da casa, nos cumprimenta.

Elena apenas sorri para a moça e anda, levando-me com ela.

Assim que passamos pelo hall de entrada, meu corpo fica em alerta ao ver alguns homens na sala. Alguns de pé, outros sentados, e duas mulheres dentre eles.

— Tia! — Elena me solta e corre para a mulher morena, que abraça minha garota com força.

— Minha menina. — A mulher segura o rosto de Elena entre suas mãos e noto o carinho no olhar das duas. Elena abre a boca para falar algo, mas é puxada por um homem.

Belinda abraça minhas pernas e me abaixo para pegá-la. Meus sogros e Gabriel estão no meio dessas pessoas, abraçando-os e rindo com eles. É nítido a ligação afetiva aqui.

— Gente. — Elena chama a atenção de todos e logo depois olha para mim. — Esse é o Ryder, meu noivo e essa é a Bel, nossa filha.

— FILHA? — A mulher morena berra e o homem, o que parece mandar aqui, pisca diversas vezes. — Mas...