CAPÍTULO 13

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|E L E N A|

Eles estavam sentados um ao lado do outro, olhando-nos de forma apreensiva.
Belinda estava entre os gêmeos Jaden e Jake, Jay estava ao lado de Keila, que estava ao lado da Sra Margot.

Eu estava parada e de frente para o bonde Norwood enquanto o mais velho, meu querido namorado, andava à minha frente com as mãos para trás, de um lado para o outro, como um general.

Eu estava achando graça da situação, mas tentei manter a seriedade.
Iremos contar a novidade e sei que isso virará um pandemônio logo depois.

— As régras são: — Ryder diz, ainda andando feito um general na frente dos irmãos. — Nada de algazarra, nada de gritos, nada de choros.

Jay levanta o dedo.

— Não acabei! — O ruivo abaixa a mão lentamente. — Nada de pegar a Pepa Pig no colo. Nada de apertá-la. Quero ordem nessa casa, eu fui claro?

Jay levanta a mão novamente.

— Eu fui claro?! — Ryder bradar e o ruivo novamente abaixa a mão. Eles assentem, claramente confusos. — Quero que digam.

— Sim. — Eles falam em uníssono e o loiro assente, voltando a colocar-se ao meu lado.

— Ótimo. Bom. Como sabem, a Elena desmaiou ontem e fomos ao hospital, fizemos alguns exa...

— EU ESTOU GRÁVIDA! — Anuncio de uma vez e ele me olha com ódio.

Não demorou um segundo até que tudo virasse uma zona.

— PUTA QUE PARIU!

— O QUE? CARALHO!

— EU ESTOU CHORANDO! EU ESTOU CHORANDO!

Não preciso dizer que o último foi o Jake. Sou abraçada com força e tirada do chão pelos braços bronzeados e fortes de Jaden, mas logo sou puxada pelo seu gêmeo enquanto o Ryder berra.
Jay me felicita logo depois e noto que seus olhos, assim como os dos irmãos, estão cheios.

— Me solta, caralho! — Ryder tenta empurrar Jake.

Keila me abraça com força, também emocionada. Nós ainda não somos próximas, mas admito que sinto certo carinho por ela, por ter ficado ao lado dele e por amá-lo como um irmão. Ela foi importante na recuperação dele e isso me deixa grata.

A Sra Margot me abraça, tão feliz quanto o restante da família, mas franzo o cenho ao ver apenas o vulto de uma garotinha correr para as escadas.
Ryder nota também e nossos olhos se conectam, ambos preocupados.

— Vou falar com ela. — Murmuro e ele assente.

Deixo a sala e o agito da família para trás, subindo as escadas em direção ao quarto da Bel, temendo que ela não tenha gostado da notícia.

Assim que chego em sua porta, bato algumas vezes e ouço ela murmurar, permitindo que eu gire a maçaneta.

Assim que a vejo, suspiro, sabendo que não teremos uma conversa fácil dessa vez. Ela claramente não está contente.
Belinda está sentada na cama, escorada na cabeceira. Seus braços abraçam seus joelhos rente ao corpo e ela me olha com raiva.

Engulo em seco, fechando a porta atrás de mim e caminhando até ela.

— Acho que precisamos conversar sobre isso, não é? — Ela não me responde, só continua me encarando. — O que sente à respeito disso, Bel? Como se sente?

Ela fecha ainda mais o rosto e não diz nada, o que me frustra.

— O bebê não vai ocupar o seu lugar. — Afirmo, sabendo que ela está com ciúmes e com medo. — Você continua sendo nossa princesa, Belinda.

Ryder - Pronto para você Onde histórias criam vida. Descubra agora