Que?

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— Bom dia, eu trouxe uma surpresa....— Stenio disse entrando no quarto de Helô.

— Bom dia Dona Helô!!! — Creusa falou.

— CREUSA!!! — Os olhos de Helô se iluminaram ao ver Creusa.

— Como eu estou feliz em ver a sinhora assim....— Creusa disse chorando.

— Que saudades de você....— Helô falou também chorosa.

— Olhe, pois eu vou ficar aqui com a senhora durante o dia todinho. — Creusa disse feliz.

— E como você está hoje? — Stenio perguntou.

— Bem, obrigada. — Helô disse. — Stenio, você não precisa vir me ver todos os dias, você tem sua rotina e sua vida....

— Uma forma sutil de pedir pra ir embora. Entendi. — Ele falou triste. — Quando você quiser minha visita, avisa que venho te ver.

— Stenio espera...— Ela disse vendo que havia machucado ele. — Eu não quis...

— Tudo bem Helô. — Ele falou beijando a cabeça da Creusa e saindo do quarto.

— Olhe, eu sei que a sinhora não tá bem da cabeça, mas não precisava ter tratado ele assim não. — Creusa disse ajudando Helô a se sentar na cama para tomar café da manhã.

— Eu só não queria atrapalhar mais a vida dele. — Helô comentou. — A gente é amigo mesmo?

— São e muito visse... — Creusa falou.

— Eu não consigo imaginar isso... — Helô suspirou, mas antes que ela pudesse falar mais alguma coisa, o fisioterapeuta entrou no quarto.

O dia foi intenso para Helô, fisioterapia, fono, terapia com o psicólogo, tomografia  e exames de sangue. Mas por algum motivo, ela só conseguia pensar no Stenio e no olhar que ele lhe deu ao sair do quarto.

Ela pensou e repensou e pediu para Creusa ligar pra ele, porém ele disse que não poderia ir pois tinha um compromisso, fazendo Helô crer que estava mais que certa em ter "expulsado" ele do quarto dela naquela manhã. Curiosamente naquela noite ela teve um sonho incrívelmente quente com Stenio.

— Stenio...  — Ela disse na manhã seguinte quando ela abriu os olhos e encontrou ele sentado olhando ela dormir.

— Oi, você estava dormindo e eu não quis te acordar....— Ele falou tímido. — Você estava tendo um pesadelo?

Ela corou, definitivamente era tudo menos uma pesadelo. — Algo como isso. — Helô respondeu ficando com calor só de lembrar das coisas que fizeram no sonho.

— Desculpa não ter vindo ontem, eu tive uma emergência. — Ele falou se desculpando.

— Cadê a Creusa? — Ela perguntou retraída.

— Foi tomar café no buffet do hospital. — Ele disse ficando triste novamente. — Você quer que eu vá embora?

— Não, é só que pra mim é difícil, nas minhas lembranças eu... — Ela ponderou o que ia dizer.

— Você ainda me odeia. — Ele disse.

— Eu não te odeio, mas não te vejo como um amigo. — Ela comentou.

— Eu sei Helô e acredita, isso também é muito difícil para mim. — Ele respondeu. 

— Como foi o acidente? — Ela perguntou.

— Você estava sendo persiguida, estava chovendo, seu carro capotou....— Ele disse. — Tiveram que te reanimar.

— Ah. — Ela falou.

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