Traição?

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— Quem?? — Ele perguntou se fazendo de desentendido e ela percebeu.

— João Pedro, não se faça de desentendido. — Ela falou ficando em pé.

— Ah, é um cliente Helô. — Ele disse.

— Por que ele está te ligando? Ou melhor, por que você tá sempre em contato com ele??? — Ela perguntou.

— Helô, eu sou advogado, meus clientes sempre ligam e eu ligo pra eles... — Ele disse vestido o short que tinha sido jogado no chão do quarto assim que eles entraram no quarto depois de voltar da praia.

— Meia noite, sete da manhã, uma da tarde, oito da noite, isso só em um único dia. Que cliente é esse Stenio? — Ela perguntou irritada.

— Isso é ridículo Heloísa, eu não tô te traindo se é isso que você está pensando. — Ele se defendeu.

— Não estava pensando até você falar. — Ela disse ainda mais irritada lembrando da época do primeiro casamento e o quanto ele enganava ela com mentiras assim. — Você já fez isso e para sua falta da sorte, me lembro do nosso primeiro casamento, o André, o Mário, o Roberto que na verdade eram Andréia, Maria, Roberta....

— Helô por favor, acredita em mim, eu mudei. — Ele disse.

— Ao que parece não muito. — Ela respondeu muito chateada.

— Amor, eu nunca trairia você de novo você precisa acreditar......— Stenio se aproximou dela. — O JP é um cliente complicado, igual o Moretti você não lembra... — Ele disse.

— Stenio, eu tô sentindo que você está mentindo. — Ela disse. — Meu faro nunca erra nem antes e nem agora!

— Amor, por favor, não cria problema onde não tem... — Ele puxou ela pra perto dele.

— Não, sai de perto. — Ela disse tentando se afastar dele. — Mantenha distância.

— Poxa Helô, logo agora que a gente estava se acertando.... — Ele disse abraçando ela por trás e beijando o pescoço dela.

— Para Stenio... — Ela tentava ser forte.

— Tudo bem, o JP é um dos clientes que você detesta, tá envolvido em lavagem de dinheiro, crime de colarinho branco e essas coisas, mas a gente fez um acordo de não me envolvo nos casos que você investiga e você não se envolve com os meus clientes. — Ele disse.

Ela tava quase cedendo, mas nesse momento o celular dele tocou novamente. Era o tal João Pedro.

— Não vai atender? — Ela perguntou cruzando os braços, Stenio engoliu seco.

— Vou. — Ele disse pegando o celular. — Oi JP... O que? Sei...sim... é grave... Tá... Ok... Eu tô fora do rio, chego o mais rápido possível. — Stenio disse apreensivo, nervoso e aflito.

— Então? — Helô percebeu que ele havia ficado muito preocupado.

— O filho dele passou mal, foi levado para o hospital, estão fazendo uma série de exames. — Stenio disse nervoso, ela podia sentir. — Precisamos ir embora agora.

— Mas ele é só um cliente. — Ela retrucou.

— É meu amigo. Por favor!!! — Ele pediu. — Ele é uma boa pessoa Helô e precisa do meu apoio como amigo e não como advogado.

— Tá bom Stenio. — Ela disse confusa sem acreditar muito nele, mas também sem provas de que ele estava mentindo.

Eles arrumaram as coisas apressadamente, Stenio andava de um lado para ao outro aflito, fizeram o chek in na pousada e voltaram pra o Rio. O caminho foi silencioso até a casa deles, ele ajudou Helô a por as malas dentro de casa e foi em direção ao hospital.

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