Dúvida e mais dúvidas

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— Ai Helô eu quis dizer o menino e o Stenio entendeu, não é Stenio.... — Maitê falou.

— Sim, sim... — Stenio disse.

— E você conhece ele? — Helô perguntou, achando estranho Maitê não ter dito nada antes.

— Uma coincidência, descobri recentemente que faço Pilates com a tia dele, olha que mundinho pequeno.... — Maitê disse rindo.

— A gente se encontrou no hospital um dia quando fomos visitar ele, Maitê estava chegando com a tia e eu estava saindo... — Stenio falou.

— A sim... — Helô disse, ao mesmo tempo que parecia que estavam mentindo, pareciam que falavam a verdade. Diferente de Stenio, ela confiava cegamente em Maitê e como não teria motivos pra amiga mentir pra ela, Helô acreditou.

— E as crianças e o Ricardo vão bem? — Stenio perguntou mudando de assunto, Helô percebeu mas deixou passar.

— Vão sim Stenio, o Ricardo está de plantão essa noite e as crianças foram dormir na casa da minha tia... — Maitê disse. — Inclusive estava tudo ótimo como sempre, mas preciso ir, estou morta de cansada e amanhã tenho que ir buscar as ferinhas lá em Petrópolis....

— Eu também vou indo.... — Ele disse também se levantando da mesa. — Tá de carro, quer carona?

— Ai aceito a carona Stenio, deixa só eu ir lá dar um cheiro na minha afilhada e já desço... — Maitê falou e saiu deixando eles sozinhos.

— Obrigado por me deixar jantar! — Ele falou.

— Stenio, você saiu de casa porque quis, eu não te coloquei pra fora. — Ela respondeu suspirando.

— Eu sei, mas você precisava desse tempo e eu acho que eu também, e ao contrário do que você disse, eu não tô saindo com ninguém. — Ele respondeu. — A gente ainda é casado.

— Só no papel. — Ela disse.

— Não, só no papel não, no meu coração também! — Ele falou colocando a mão no peito.

— Que cantada mais barato em Stenio. — Ela queria ser indiferente mas acabou rindo. — A Juju disse que no aniversário dela a gente sempre acorda ela de manhã, igual fazíamos com a Drika....

— É, mas eu já expliquei a ela que esse ano vai ser diferente e tá tudo bem. — Ele disse tímido.

— Na verdade, se você quiser vir, não tem problema não.... — Helô falou sem coragem de convidar ele diretamente. — A Anaju vai ficar feliz....

— Tá bom, eu venho! — Ele disse rápido e eles ficaram se olhando igual dois adolescentes onde nenhum dos dois tinha coragem de falar o que estava sentindo e nem pedir desculpas.

— Prontinho, vamos? — Maitê disse voltando pra sala.

— Sim, sim, tchau Helô, depois me manda mensagem dizendo o horário pra chegar na sexta... — Ele falou.

— Tá bom! — Ela disse ficando vermelha.

— Ve se pensa no que a gente conversou e deixa de ser cabeça dura. — Maitê falou abraçando e beijando ela. — Apesar de tudo, eu te amo....

— Eu também te amo apesar de tudo chata... — Helô disse se despedindo da amiga.

Quando eles saíram, Helô se sentiu sozinha, era um sentimento estranho, um vazio que ela não conseguia explicar. Sem Stenio lá ela achava a casa um verdadeiro mansoleu e se não fosse pela filha, ela já teria se mudado.

Helô sentia falta de ter ele com ela durante as noites, mesmo quando não estavam dormindo juntos, saber que ele estava na casa deixava ela mais tranquila.

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