Segunda Chance

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— E então? — Stenio perguntou.

— É essa, exatamente como eu me lembro....— Helô disse.

— Vocês já estiveram aqui antes? — A mulher perguntou confusa.

— Não, é modo de dizer, quis falar que é exatamente como eu queria....— Helô disse.

— Então vamos ficar, meu escritório vai entrar em contato pra resolver a papelada que falta! — Stenio disse apertando a mão da mulher.

— Certo, eu vou ligar pro escritório pra informar, por favor, fiquem a vontade....— A mulher falou.

— Como você soube que essa casa estaria pra vender? — Ele perguntou.

Desde que saiu do hospital, Helô ficou insistindo dizendo que queria comprar uma casa, e depois de ver milhões de catálogos não encontrava a que queria, já estava quase desistindo quando resolveu ir até o local de onde era a residência deles no sonho e de fato a casa estava para vender.

— Coincidência...— Ela disse enquanto ele abraçava ela por trás e eles ficavam vendo o imenso quintal e a piscina na área externa.

— JP vai amar poder jogar bola ali...— Stenio disse.

— E a Drika vai amar a academia grátis e sem fila...— Helô disse conhecendo bem a filha. — Eu quero te pedir mais uma coisa....

— Desde que não envolva dinheiro, depois dessa compra vou precisar de uns três anos pra me recuperar....— Ele disse.

— Para de chorar miséria que eu sei que não é verdade, óbvio que eu levantei nosso histórico bancário e a gente tá muito bem....— Ela disse revirando os olhos. — Além do mais, seus clientes criminosos tinham que servir pra alguma coisa....

— Ah lá, já tava demorando falar mal dos meus clientes....— Ele disse.

— Não se preocupa não é dinheiro, quer dizer não diretamente....— Ela disse.

— Porque eu acho que não vou gostar....— Ele perguntou levantando a sombrancelha de forma divertida fazendo ela rir.

— Para Stenio, é sério...— Ela disse tentando ficar séria.

— Tá meu amor, digas o que eu posso fazer por você! — Ele perguntou.

— Eu quero outro filho. — Ela disse de uma vez.

— Um filho? — De tudo era a última coisa na face da terra que ele pensou que ela pediria.

— É, mas não assim, na verdade eu quero adotar uma criança. — Ela disse.

— Deixa eu adivinhar, a tal da Ana Júlia...— Ele disse suspirando.

— É. — Ela respondeu.

— Helô, ela não é a nossa filha que você sonhou. — Ele disse calmo.

— Eu sei, mas pode ser um sinal de que a gente tem que adotar ela...— Helô argumentou.

— Helô, você mal conhece a menina, além do mais vai dar muito trabalho...— Ele suspirou. — E no final ela não vai ser a mesma que você sonhou.

— E desde quando você foge de trabalho, ah esqueci, só importa se pagar bem. — Ela esbravejou.

— Você sabe que não é isso. — Ele se defendeu.

— Tá. Era só dizer que não quer. — Ela disse chateada se afastando dele.

— Helô, vamos conversar....— ele tentou dizer.

— Esquece que eu falei, vou te esperar no carro. — Ela disse indo para o carro.

(....)

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