Seven Days - Shin soukoku

Three Days

Três dias para o pior dia da minha vida. E eu ainda seria o padrinho daquele casamento.

Está parecendo aquelas histórias clichês em que a protagonista sofre por um homem que é comprometido.

A única diferença é que ela acaba junta com o tal homem no final, eu provavelmente não.

Não tinha nada para me distrair naquela casa.

A agência estava de férias já que não tinha nenhum vilão sobrenatural no momento.

Kyouka foi passar uns dias na casa de Kouyou-san e só volta depois do casamento - isso se este último acontecer -.

Porém, eu recebo uma ligação aleatoriamente. Era ninguém mais ninguém menos que... Higuchi?

Atendi e logo ela começou a falar.

- oi Atsushi... Eu sei que é estranho você estar recebendo uma ligação minha mas eu preciso da sua ajuda. - estava preparado para dizer um "não" bem dado, até que ela completa a frase. - é o Akutagawa, ele desapareceu e eu não faço a mínima ideia de onde ele está! - ok, essa notícia eu não iria ignorar.

- chego aí em cinco minutos. - levantei-me rapidamente da cama. Estava com uma roupa apresentável, e mesmo se não estivesse, eu iria de qualquer forma.

- estamos do outro lado da cidade, como você vai chegar aqui em cinco minutos?! - desliguei o telefone e saí às pressas.

Usei minha habilidade para ir por cima dos prédios, então seria fácil chegar nos apartamentos da Máfia do Porto.

Ao chegar, vi Higuchi e Gin completamente nervosas, enquanto Chuuya estava gritando ao telefone.

- como assim você não pode olhar nas câmeras da cidade?! Seu imprestável! Quer saber? Está demitido, inútil! - gritou ao telefone, logo o guardando no bolso.

- Atsushi! Você tem alguma notícia dele? - perguntava roendo as unhas.

- infelizmente não. Quando foi a última vez que o viram? - perguntei nervoso, já completamente humano.

- ontem a noite. Hoje de manhã eu fui chamar ele para tomar café e Ryuu não estava lá! - Gin falou, tentando manter a calma.

Pensei e logo me lembrei de um lugar que Akutagawa poderia estar.

- eu tenho uma ideia. Se tudo der certo, trarei Akutagawa comigo quando retornar! - corri sabendo meu destino. O moreno só poderia estar lá!

Há algumas semanas atrás, enquanto eu passeava observando alguns barcos no porto, descobri um lugar escondido no meio de tantos contêineres que haviam lá.

Era atrás de alguns galpões que guardavam todo tipo de material vindo de outros lugares do Japão para cá, Yokohama.

No meio de um monte daquela bagunça, avistei alguém que eu não conhecia mas não ia muito com a cara na época.

Akutagawa tentou me matar como de costume, mas, depois, conseguimos ter uma conversa civilizada e ele me disse que ia lá para relaxar e colocar os pensamentos no lugar. Ele só poderia estar lá.

Demorou alguns segundos, mas logo eu estava lá, naquele mesmo lugar onde tínhamos nos visto várias vezes.

- aku? Está aí? Estão todos preocupados com você. - falei adentrando no local.

E logo avistei uma cabeleira negra sentada em um banco colocado alí.

- Jinko? - virou-se em minha direção.

- exato. Por que está aqui? - me sentei ao seu lado.

- precisava esfriar um pouco a cabeça. Acho que você sabe o motivo. - me direcionou seu olhar.

- ainda pensando naquilo? - olhei em seus olhos.

- é... E agora, eu só estou ainda mais confuso com tudo.

- situação bem complicada, né? - o vi assentir com a cabeça.

Olhamos para frente para ver o pôr do sol por uma fresta não muito pequena no meio de tantos materiais usados para sabe-se lá o que.

E então, senti um peso no meu ombro. Era Akutagawa. Ele havia se apoiado em mim e ficou lá.

Não me incomodei em momento algum, já era normal para nós termos esse tipo de momentos.

E pensar que tudo isso foi graças à Guilda que fez a Agência e a Máfia trabalharem juntas para acabar com ela.

Após alguns momentos, saímos daquele lugar e eu disse a Ryuunosuke que Gin, Higuchi e Chuuya estavam desesperados atrás dele.

Depois disso, nos despedimos e cada um foi para seu caminho. Eu para meu apartamento e Akutagawa seguiu para a Máfia.

E assim o meu dia terminou. Mais uma vez sem conseguir dizer nada.