Seven Days - Shin soukoku

The Day

Akutagawa estava ajustando os últimos detalhes do seu terno e cabelo para o não tão esperando casamento.

Ele ainda pensava no que Atsushi havia dito no dia anterior.

"Pra dizer que eu gosto muito de você" eram as palavras que rondavam sua cabeça fazendo-o ficar atormentando.

Sabia que tinha falado muita merda no dia anterior, mas, poxa,
Nakajima precisava ter falado tudo aquilo?

E ainda, depois disso, disse que o odiava!

- o que será que o amor vira quando chega ao fim? - murmurava em dúvida, porém sem nenhuma resposta.

- maninho? - Gin entrou na sala que o irmão se preparava. - já terminou? Está quase na hora.

- terminei sim. - o mais velho disse obviamente desanimado.

- já te disse que se você não queria se casar com ela, era só ter dito. Higuchi é legal, ela entenderia! - exclamou colocando a mão na cintura.

- não é por causa dela! É por causa do chefe, será que dá pra entender isso?

- não, Ryuunosuke! Eu não entendo como você quer abrir mão da sua própria felicidade para poder cumprir ordens do chefe! - ela disse aumentando um pouco o tom da voz.

- não estou querendo brigar hoje, mana. Já tenho muita coisa na cabeça. Podemos trocar de assunto? - perguntou incomodado.

- tudo bem. Me desculpe. - chegou perto do irmão e o abraçou de lado. - você tá lindo.

- obrigado, digo o mesmo. - os Akutagawa's viram a porta sendo aberta e uma cabeleira ruiva pela fresta.

- já está na hora. Vão logo! - disse e saiu pela porta indo para sabe-se-lá onde.

- bom, está na hora. - disse a mais nova. Ela acompanharia o mais velho até o altar.

Segurando firmemente em Gin indo até onde estavam Dazai e Tachihara como padrinhos. Hirotsu seria o cerimonialista - visto que, não havia mais ninguém para tal posição e a quantidade de padrinhos por noivo ia ficar desigual -.

Gin deixou Ryuunosuke no altar e foi para o lado de seu quase-namorado, esperando a noiva chegar.

E aquela boa e velha música de entrada da noiva começou, anunciando que Higuchi logo estaria ao lado do possível futuro marido.

E lá veio a loira, acompanhada de Nakahara. Estava realmente bela com aquele vestido, mas quem Akutagawa realmente queria sequer estava alí.

Logo, Ichiyou estava ao lado do moreno no altar, apenas esperando o momento certo de falar o que planejava.

- estamos aqui reunidos hoje para comemorar a união entre Ryuunosuke Akutagawa e Higuchi Ichiyou. Estes jovens que levarão o futuro da Máfia do Porto com os possíveis filhos que terão no futuro. - voltou seu olhar para o de mechas brancas. - Ryuunosuke Akutagawa, você aceita Higuchi Ichiyou como sua legítima esposa, prometendo amá-la e respeitá-la durante todos os dias da sua vida até que a morte os separe?

- eu... - exitou, pensando que poderia simplesmente negar e sair correndo atrás do que realmente queria. Porém, se lembrou de que não fazia aquilo por si ou pela loira, e sim por conta de seu chefe. Balançou a cabeça afastando os pensamentos. - aceito.

- e você, Higuchi Ichiyou, - olhou para a mulher. - aceita Ryuunosuke Akutagawa como seu legítimo esposo, prometendo amá-lo e respeitá-lo durante todos os dias da sua vida até que a morte os separe?

- desculpe, mas não posso. - os convidados ficaram em choque. Higuchi apenas virou para o outro. - olhe, Akutagawa. Confesso que eu sempre fui muito obcecada por você, e aprendi que isso não era amor. Eu que convenci senhor Mori dessa ideia desde o começo. - falou olhando nos olhos dele. - eu... Ouvi sua conversa com o Atsushi ontem... E já vi como vocês se olham. Sua felicidade e amor não é comigo, e sim com ele. Vá atrás da sua felicidade, antes que a perca. - Ryuunosuke ficou feliz de ouvir aquilo e se virou para ir embora, antes que Mori interviesse. - eu cuido das coisas com o chefe, não se preocupe.

Antes de sair, Akutagawa deu um leve sorriso para Higuchi e falou um "se cuida".

Agora, o mesmo estava dando voltas pela cidade em seu carro. Já era quase noite e ainda não tinha encontrado Nakajima em lugar algum!

De repente, lembrou-se de uma cafeteria que o platinado sempre ia. "Ele só pode estar lá!" Pensou e foi em rumo à coffe's YingYang.

Chegando lá, adentrou no local de uma vez, vendo uma cabeleira acizentada mexendo em um notebook. E obviamente foi às pressas naquela direção.

- Akutagawa? O que faz a- - foi interrompido por um beijo. Se as pessoas vissem de má forma, que se fodessem. Queria a sua felicidade.

Se separaram. Tinham muito o que conversar.

- me desculpa, Jinko. Eu fui um babaca. Sabia que eu também gostava de você, mas me recusei a acreditar que gostava de alguém da Agência. Higuchi abriu meus olhos e disse que eu precisava ir atrás da minha felicidade. Você. - pegou na mão do outro e fez um carinho. - eu achei que tinha razão em te dizer que seguiria as ordens do meu chefe à todo custo, porém percebi algo com tudo o que Higuchi disse. - olhou para os olhos heterocromaticos. - amar é muito melhor que ter razão.

O de olhos bicolores sorriu antes de falar;

- eu falei um monte de merda pra você, e você falou um monte pra mim e faz parte da vida. - apoiou a cabeça no ombro do mais velho. - só que agora sério, como quase fodemos toda a nossa relação?

- eu também não faço a mínima ideia. Sei lá se é o nosso último segundo agora, só sei que quero aproveitar o resto da minha vida com você. - fez um carinho nos cabelos brancos.

- digo o mesmo, Ryuu.

- sabe do que eu lembrei agora? Aquela música que Dazai-san nos mostrou daquela vez. - colocou a mão no queixo.

- qual delas? Ele já fez tanto isso.

- Errei, larguei, não nego, não
Mas lembra do que eu disse, então. Amar é muito melhor que ter razão. Luta por mim, desiste não. E lembra do que eu disse, então. Amar é muito melhor que ter razão. - cantou se lembrando da letra.

- ahhhh! Lembrei! - ele ficou feliz de ter se lembrado. - Joga tua verdade toda na minha cara. Mas antes de ir embora, eu te impeço, para. E me beija com raiva, me beija com raiva. Como fodemos o maior amor do mundo? Sei lá se esse é o nosso último segundo. Então me beija com raiva, me beija com raiva. - continuou.

- quando a gente aprendeu essa letra? - perguntou rindo.

- sei lá. Acho que de tanto o Dazai-san cantar e colocar essa música, fica na cabeça.

Atsushi abraçou o moreno, feliz de ter conseguido realizar a operação Seven Days com sucesso.

|Fim|

N/a: foi incrível escrever essa história até aqui! Obrigado a todas as pessoas que leram, votaram e comentaram nessa obra. Fico feliz de ter um trabalho valorizado e que vocês gostem da minha escrita!

Até a próxima! ☺️