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Quinta feira, 16h da tarde
1 dia antes do desastre
Olhei meu telefone pela milésima em cinco minutos, ou eu estava muito adiantada ou ele muito atrasado.
Deixa eu explicar o que está acontecendo, pela primeira vez em anos, fui chamada para um encontro. O garoto é lindo, um dos mais lindos da escola para ser mais exata. Ben Barnes, dezessete anos e capitão do time de futebol, se isso é uma aposta eu não sei, mas se for ele irá se arrepender e eu irei chorar muito.
— Sea.
Ouvir meu nome sendo chamado e alguém colocar a mão em meu ombro.
Olhei de relance para trás e reconheci os cabelos castanhos do Ben.
— Ben ! — Disse aliviada, por um momento pensei ter levado um bolo.
Ele abriu um largo sorriso e me puxou para um abraço. Me senti meia constrangida mas não deixei transparecer, olhei para o rosto do garoto que parecia estar um pouco vermelho por conta do sol.
— Desculpa pelo atraso, o treino hoje foi pesado. — Ele me soltou e olhou nos meus olhos.
Naquele momento meu constrangimento virou medo, medo dele conseguir ver o lado falso dos meus olhos.
Me separei dos seus braços e virei o rosto.
— Tudo bem, cheguei faz pouco tempo também.
Aproveitei e usei o reflexo do celular para ver meus olhos, a lente castanha ainda permanecia intacta no lugar.
Relaxei internamente.
Ben não estranhou quando me afastei, o garoto deu de ombros e estendeu o braço para mim em que aceitei de bom grado.
Não irei deixar minhas paranóias estragar meu primeiro encontro.
{...}
Dizem que o primeiro beijo de uma garota é sempre mágico, mas minutos atrás sentir como se estivesse sendo beijada por um rinoceronte ou algo pior.
No começo, Ben parecia ser gentil, mas ao longo do passeio ele começou agir estranho, sempre olhava para os lados distraído e com os minutos passado a paciência dele também ia embora.
Seu beijo foi rude e nojento, se tudo isso foi uma aposta eu não tinha dúvidas agora. Só não sei como vou olhar para cara dele amanhã.
Quando cheguei em casa, mamãe estava assistindo tv.
Assim que ela me viu abriu um grande sorriso e abriu os braços para me receber, sem demora pulei em seus braços no sofá e me aconcheguei em seu abraço quietinho.
— Como foi ? — Ouvir sua voz baixa.
— Horrível. — disse sentindo seus dedos passarem de leve em meus cachos.
