Sea Jackson
Irei começar minha história de vida do começo, ou pelo menos até onde me lembro. Eu tinha cinco anos, sim esse é o meu começo, uma pequena garota negra largada na rua sem saber de onde veio e como veio parar no meio da rua. Coisas ruins acontecem e infelizmente, todas elas estavam destinadas a mim.
A única lembrança ou algo que me lembre do passado é um colar com as três fases da lua,nele estava marcado meu nome: Sea.
Mas sem ressentimentos, eu estaria perdida se não fosse uma adorável mulher que me tirou das ruas, ou pelo menos tentou tirar: Sally Jackson.
Sally, minha mãe adotiva, ou melhor, quase mãe. Devido ao longo processo de adoção e a quantidade de burocracia envolvida demorou anos até eu ser oficialmente adotada por ela, tipo, para ser mais exata, eu tinha cinco quando ela me encontrou, os documentos foram oficializados quando eu tinha 16, um ano atrás.
Sally, já tinha um filho, Percy Jackson, um garoto extremamente irritante e adorável, sim esse é o meu irmão, que por azar dos deuses é um meio sangue.
Para resumir esse lance do Percy, com doze anos ele descobriu ser um meio sangue, foi pro acampamento, mamãe morreu, pá ele salvou o mundo e mamãe viveu.
Nesse meio tempo eu estava na casa de adoção das crianças e adolescentes carentes, ou melhor a casa da vovó Houga, não se engane pelo nome fofo, essa mulher é um monstro - literalmente -.
Como eu não podia ficar na casa de Sally, eu morava na casa da vovó Houga, mas sempre que podia fugia para lá, nos braços da minha mãe.
Okay, tenho que esclarecer algumas coisas. Você deve está fazendo essa rápida associação, de que quando Percy descobriu ser um semideus não demorou muito para eu descobri que eu sou uma, né? Pois é, demorou e muito. Eu tinha onze anos quando tudo aconteceu, como eu passava o maior tempo no lar de adoção, o convívio que as pessoas tinham comigo era passageiro, ninguém prestava tempo o suficiente em mim para ver o quão problemática eu era.
Na verdade, isso é uma meia mentira, as únicas pessoas que prestavam atenção em mim eram aquelas que não deveriam existir no mundo, elas zombavam de mim, da minha cor, do meu cabelo e dos meus olhos, quase fiquei cega uma vez. O bullying é a pior linguagem do ser humano, mas felizmente nesse caso eu conseguia ser bem pior.
Apenas quando finalmente fui morar com a mamãe que as coisas começaram a piorar, antes a teoria era que eu via através da névoa, como a mamãe, mas isso foi antes do meu quase namorado me sequestrar e querer me trocar como moeda de troca.
“ Coisas ruins acontecem e infelizmente, todas elas estavam destinadas a mim. “
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𝓣𝓱𝓮 𝓵𝓸𝓼𝓽 𝓰𝓲𝓻𝓵
Fanfic" Coisas ruins acontecem e infelizmente, todas elas estavam destinadas a mim. "