Capítulo 5 - Noite de natal.

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*POV narradora*

Os dias que seguiram foram talvez os mais descontraídos e sem preocupações da vida de Maxine.

A garota passava o dia se divertindo com os amigos, toma café da manhã, almoçava e jantava no pavilhão de refeições, enquanto conversava tranquilamente com os irmãos, fazia as atividades de Inverno e todas as outras coisas que a anos não fazia.

Tudo parecia tão incrível, que ela até dúvida se realmente era verdade, afinal quando foi a última vez que algum deles teve tanta sorte e por tanto tempo?

Mas ela tentava ao máximo não pensar nisso, principalmente quando sentia o calor, os dedos ásperos em seu cabelo e o abraço (na opinião dela, o mais aconchegante do mundo) do namorado.

Pela primeira vez na vida ela sabia como era ser uma adolescente normal, sabia como todas aquelas garotas que falavam como o namorado era incrível, carinhoso e um monte de outras coisas, que Maxine sempre achou uma perda de tempo, se sentiam.

Afinal, ela também encontrou alguém que a fazia sentir borboletas no estômago, o que ela dizia que era uma completa besteira.

Mas ainda sim existe uma grande diferença entre ela e todas essas garotas.

Enquanto todas elas dizem como o namorado é um ótimo jogador ou é tão forte ou como ele é alto e músculoso ou até tudo isso e mais um pouco. Maxine fala como o namorado é caótico, habilidosa com as mãos (ela dize para vocês não pensarem besteira), como ele conseguiu quase causar a terceira Guerra Mundial e algo que com toda a certeza elas nunca vão poder dizer, apesar que é um pouco difícil dizerem as outras, mas enfim, é como o namorado mostrou o quanto a amava, deixando ela encostar no Dragão dele.

Essas eram algumas das coisas que passavam pela cabeça da garota, que nunca parava de pensar em mais de três coisas ao mesmo tempo.

Nesse momento ela se encontrava deitada no chão do chalé 4, olhando para o teto e passando a mão no colar cheio de contas.

Essa era uma mania frequente que ela adquiriu ao decorrer dos anos. A maioria das pessoas achou esquisito no começo, mas agora já se acostumaram.

Ela costuma fazer isso quando quer colocar os pensamentos em ordem ou pensar com mais atenção em alguma coisa, mas tendo tdh isso quer dizer que ela só tentava muitas vezes.

Mas dessa vez sua mente, que para muitos seria anormal, não tentava organizar nada e muito menos pensar com mais atenção em alguma coisa.

Ela estava mergulhada em memórias tão antigas quanto a primeira conta em seu colar, onde sua mente se lembrava das poucas vezes em que tinha se sentido tão bem.

A primeira delas foi há mais de dez anos atrás, quando conheceu o loiro de cicatriz que a fez se sentir amada pela primeira vez na vida. Depois, quando acordou uma manhã e encontrou nos pés da cama o conjunto de facas, dada pela mãe e quando o latino a levou para dar uma volta em Nova York e simplesmente se ajoelhou no meio do Jardim Botânico do Brooklyn, durante a noite e pediu a de olhos azuis em namoro.

Um sorriso bobo apareceu nos lábios dela com essa lembrança.

Ela nunca poderia imaginar que ele faria isso, na verdade nunca poderia imaginar que algum dia alguém se importaria e amaria tanto ela, a ponto de fazer algo assim apenas para ela.

E foi tirada dessa lembrança tão especial pela mesma pessoa que a fez ser possível.

O latino se sentou no chão e deu um selinho na namorada, que nem havia percebido que ele estava ali, até sentir seus lábios e abrir os olhos.

Hot Chocolate, Marshmallows and a Santa's Elf Onde histórias criam vida. Descubra agora