Prólogo

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Ele caminhava cambaleando atravessando a sala. Em sua mão a faca enorme brilhava fazendo o pequeno menino ver ela da escada.

Abaixo a esposa do homem violento estava se encolhendo paralisada no sofá. Quanto mais ele se aproxima mais ela implora balançando as mãos.

O homem sorri, ele está bêbado o cheiro impregnando a casa. A sua mão ergue a faca a girando em suas mãos de forma sádica. O garoto na escada chora e reza silenciosamente para que seja mais um daqueles momentos que ele apenas assusta sua mãe.

Só que algo diferente aconteceu sua mãe parou de se encolher e correu como um animal assustado percebendo sua presa. Mas o homem agarra seus cabelos a fazendo gritar ela cai sendo arrastada por ele de volta até o sofá.

Ela segura a mão dele tentando arrancar sua faca, mas ela é fraca. O garotinho está desperado isso está indo muito longe. A criança desce as escadas mas quando chega no último degrau tropeça.

Seu pai vira o olhar pra ele de repente e sorri. Ele aponta para a mulher sendo sacudida e com o cabo da faca ele acerta seu rosto. A mulher grita e sua testa está vermelha e com um galo.

— Não desobedeça, se desobedecer vai acabar como ela. — o homem  diz com voz grave e profunda parece estar sorrindo.

O garotinho corre e se joga nos pés do mais velho mas é chutado pra longe.  A mãe com seu instinto protetor não aguenta ver seu filho ser atingido e segura a faca finalmente a arrancando da mão do agressor.

Ela tenta atingir ele,  mas o homem a intercepta segurando e arrancando a faca dela. Sem nenhum tipo de receio ele atinge a barriga dela.

Ela grita o sangue escorrendo pra baixo, ele puxa violentamente a faca e enfia mais duas vezes rápido em sua barriga agora o sangue está espalhado na sala inteira inclusive no garotinho que correu   em direção a sua mãe gritando e sacudindo.

O homem agressivo solta a faca no chão sorrindo e então sai da casa como se não tivesse feito nada. Totalmente fora de si ele cambaleia pelas ruas.

— Mãe! Mãe fica comigo!

— Ayan...meu filho. Seja o que for não termine...como eu.

Fui tudo que a pobre mulher infeliz pediu a seu filho. Que ele quebrasse o ciclo, que ele ficasse bem e escapasse das mãos daquele monstro e qualquer outro. Como qualquer mãe ela queria que seu filho ficasse bem.

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