Em direção ao seu coração

Capítulo Seis

Quando abri os olhos Akk estava em pé limpando suas armas. Ele parecia extremamente focado naquela função. Me sentei na cama ele sorriu pra mim quando percebeu minha movimentação.

— Você dormiu bem? — ele pergunta parece animado.

Nunca o vi assim, assenti e fui até o banheiro cambaleando. Meu rosto parecia acabado e não acreditava que deixei ele me ver assim. Lavei o rosto e escovei os dentes quando ouvi um som de carro lá fora.

Isso não era bom sinal a noite toda aqui não vimos um carro passar por essa rua. É um lugar bem afastado, não vi pessoas novas fora os que pareciam morar aqui a muito tempo como se não tivessem lugar melhor para ir.

Escutei o som de Akk se movimentando com certeza ele pensava igual a mim. Sai do banheiro devagar e observei o meu colega de quarto parado na janela olhando pra baixo. Assim que ouviu meu som ele apontou para baixo.

— São eles? — pergunto baixo.

Embora não fazia sentido se eles estavam lá fora não me ouviriam. Ele assente como se estivesse em uma série de ação. Caminho até ele observando a imagem que ele mesmo está tão determinado a observar. Um carro preto estacionado na frente do hotel. Levei um tempo pra reconhecer o modelo era uma BMW.

Do carro desceu 5 homens com roupas comuns mas era possível ver eles ajustando a arma no corpo. Todos pareciam cidadões normais enquanto entravam no motel.

— Temos que ir. — digo.

Mas Akk já estava adiantado jogou minha mochila em mim e abriu a porta do quarto. No corredor ao invés de descermos as escadas subimos. 

Já era o quarto e último andar quando vimos a janela do corredor aberta. Finalmente uma que não estava emperrada. Amarramos a corda que Akk trouxe com ele em nosso equipamento improvisado e então após amarrar a corda em lugar seguro ele saltou.

Ele era habilidoso e maluco, em pouco tempo seus pés já haviam tocado o chão. Era minha vez, pulei da janela logo depois porém, escalada não era exatamente minha especialidade. 

Por ser mais lento quase me embolei e fiquei suspenso no ar. Por sorte após alguns movimentos errados consegui chegar no chão e foi bem a tempo. Assim que toquei o chão ouvi o som da corda sendo cortada caindo no chão.

Lá em cima vimos os imbecis que nos encontram. Não havia o que pensar corremos para dentro do mato. Akk segurou minha mão em algum momento seus passos eram maiores que os meus. Já falei que não sou muito alto?

Era possível ouvir o som dos outros entrando no mato mas já estávamos adiantados. Akk não me deixava diminuir o ritmo e quando encontrou uma espécie de buraco nos jogou lá dentro.

Os homens invadiram o mato e caçavam em todo canto. Nosso corpo estava encolhido no buraco e era muito difícil nos ver, principalmente se a pessoa estivesse olhando pra cima em busca de gente correndo.

Ouvimos passos por toda parte aos poucos finalmente foi ficando distante junto com as conversas. Quando levantei percebi como eu estava sujo... Akk também não estava melhor. Corremos de volta na direção do motel entramos no carro que eles deixaram para trás arrancamos e saímos.

— Eles vão ficar tão putos! — digo sorrindo em meio a adrenalina.

— Eles vão nos matar! — ele diz animado  enquanto aceleramos a toda velocidade pelas ruas.

Após dirigir bastante largamos o carro em uma cidadezinha qualquer e entramos em um ônibus rumo a minha terra natal. Nosso objetivo não havia mudado,o homem que me contratou tinha que me explicar algumas coisinhas.