𝑮𝒊𝒓𝒍 𝑰𝒏 𝒀𝒐𝒖𝒓 𝑩𝒂𝒏𝒅 | 𝑬𝒅𝒅𝒊𝒆 𝑴𝒖𝒏𝒔𝒐𝒏

𝑪𝒉𝒂𝒑𝒕𝒆𝒓 𝑻𝒆𝒏: 𝑴𝒂𝒓𝒈𝒂𝒓𝒆𝒕𝒉

Era o fim de mais um dia de treino com as líderes de torcida, o suor escorria pelo rosto de Helena que terminava de guardar suas coisas.

— Ouvi dizer que ela está transando com o Munson. — Helena pode ouvir um sussurro vindo do outro lado dos armários.

— Eu tenho quase certeza disso, a Helena é mais uma vadiazinha que todos os caras já pegaram. — Helen reconheceu a voz de Olívia.

Olívia Woodson era mais uma inimiga de Helena, Olívia também era muito popular, mas Helen conseguia superá-la quanto a isso, por isso a inveja da parte de Olívia.

— Interessante, que eu saiba não sou eu que pagou boquete pro time inteiro de basquete. — Helena saiu de trás dos armários, a garota que acompanhava Olívia saiu de cabeça baixa para não arrumar confusão.

— Own, olha quem está aqui, a vagabunda do Colégio Hawkins.

— Que foi, tá falando de você? — Olívia caminhou rapidamente até Helena, como se fosse atacá-la, mas a treinadora entrou no vestiário na mesma hora para evitar qualquer confusão.

— Ei, as duas, podem parando. — A treinadora se colocou entre as duas enquanto as líderes de torcida se olhavam com a raiva estampada no olhar.

Helena se afastou, pegando sua bolsa e saindo dali. Ela caminhou rapidamente até a saída próxima ao estacionamento, mas Ellie parou ao ouvir a voz da treinadora a chamando.

Helen já estava fora do prédio prestes a descer os poucos degraus, a treinadora foi até ela o mais rápido possível.

— Senhorita Monet — A treinadora disse ao se aproximar da aluna —, isso por acaso é seu? — Era uma garrafa de vodka, cheia até a metade.

— Não, não é meu. Por que acha que é meu?

— Estava perto do seu armário, na verdade, estava em cima dele. Mas eu confio que não é seu. — A treinadora, possa não parecer, mas ela era como uma mãe protetora fora dos treinos.

— Ai gatinha, que tal mostrar esses peitos ai? — Disse um garoto num carro que se aproximou delas, ele o amigo que estava junto deram risada.

— Ah, qual é, não tenha vergonha, gracinha.

— Isso é coisa a se falar para uma mulher, principalmente uma aluna minha? Olha, os dois deveria ver os próprios peitos. — Disse a treinadora indignada, e com razão. Os garotos saíram lentamente até o portão de saída do estacionamento ainda rindo.

Helena olhou para a garrafa de vodka nas mãos da treinadora e então uma ideia surgiu em sua mente. Ela pegou a garrafa das mãos da treinadora se aproximando do carro, e com poucos metros de distância Ellie jogou a garrafa em direção ao carro. A garrafa atingiu a o vidro traseiro do carro e se partiu em vários pedaços, o vídeo havia tido uma pequena rachadura e pouquíssimos segundos depois da garrafa quebrar os garotos pararam o carro e desceram.

— Qual é, Monet! — Disse a treinadora.

— Foi mal treinadora, tenho que ir agora, tchau! — Helena começou a correr em direção aos fundos do colégio, sua capacidade atlética era péssima e ela ainda carregava uma mochila pesada em suas costas, então ela estava correndo bem devagar.

Helena correu até os fundos da escola, onde ela pode ver os garotos da banda saindo pela porta dos fundos que seria apenas para o zelador, ainda ofegante e cansada ela correu até eles.

— Tava correndo por quê? — Perguntou Jeff ao vê-la completamente cansada e ofegante.

— Eu... — Helena olhou para trás e viu os dois caras se aproximando, então ela viu uma caçamba de lixo próximo a porta e se escondeu ali trás.

— Gareth, vem aqui. — Sussurrou Helen para ele, que se aproximou e ela o usou para escondê-la ainda mais.

— Ela foi por aqui, a loirinha? — Um dos meninos que estava atrás de Ellie perguntou aos garotos da banda.

— Eu vi ela entrando aqui. — Jeff apontou para a porta dos fundos, então os caras entraram ali e Helen pode sair.

— Valeu!

— O que você fez pra eles estarem atrás de você? — Gareth perguntou.

— Nada, eu só joguei uma garrafa de vodka no carro deles. — Eddie soltou uma pequena risada nasal ao ouvir a história.

Helena então se despediu dos garotos, voltando para o estacionamento para pegar seu carro e voltar para casa.

(...)

Assim que chegou em casa, como de costume, ela colocou as chaves do carro no porta chaves e pendurou sua jaqueta no cabideiro ao lado da porta. Sua mãe estava na sala bem arrumada, pronta para sair.

— Onde você vai? — Helena estava curiosa, fazia um tempo que sua mãe não se arrumava desse jeito.

— Ver sua vó, Margareth, ela teve umas complicações de saúde.

— E como ela tá? Ela tá melhor? — Helena perguntou preocupada, Margareth sempre esteve muito presente em sua vida e ela ama muito a companhia da bisavó.

— Tá sim, ela só caiu no asilo, ela já está melhor.

— Eu vou junto então, nem sei porque colocaram ela lá, aqui em casa tem tudo pra cuidar dela. — Helena pegou as chaves do carro novamente e saiu acompanhada da mãe.

No hospital mais próximo do Asilo St. Patrick's, Margareth se encontrava num quarto apenas aguardando ser levada de volta.

— Oi vó, como a senhora tá? — Helena disse ao entrar no quarto.

— Bem melhor, foi tudo culpa daquele velho rabugento do Charles. — Helena deu uma leve risada nasal, ela se aproximou da avó para ajudá-la a se levantar da cama.

— Vem vó, deixa eu te ajudar.

— Não preciso de ajuda. Posso ser velha e cega, mas não sou tonta. — Margareth também havia ficado cega ao longo dos anos depois dos 60 anos.

— Mesmo assim vou te ajudar porque eu gosto da senhora. — Margareth teve sua aceitar a ajuda, mesmo com sua teimosia ela ainda precisava de ajuda para fazer certas coisas que são fáceis e comuns para quem é mais jovem.

Helena sentiu uma sensação estranha ao tocar a avó, ela não sabia bem esplicar como era aquela sensação, mas ela sabia que era uma sensação muito estranha.

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