4- Esse Haitani...

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Saki pulava no sofá animada. Desde que Izana havia contado sobre seu amigo, Saki estava elétrica. Queria logo o conhecer e graças a isso, não conseguia dormir direito. Izana havia contado para o Haitani sobre como a menor estava, o que o fez ter esperanças de Saki gostar de si. E agora Saki pulava no sofá esperando o Haitani mais velho chegar.

- Pai! Pai! Pai! -- a menor caiu no sofá respirando fundo. -- Cadê?

- Ele vai chegar logo. -- diferente de sua filha, Izana não estava muito animado.

- Cadeeeê? -- Saki suspirou enquanto se deitava no colo do pai. Izana apenas pegou seu celular vendo uma mensagem chegar, justamente do Haitani.

Ran: Estou chegando, diga a minha pequena que vou chegar logo

Izana releu a mensagem duas vezes, era isso mesmo que tinha lido? "Minha pequena"?

- Vou precisar dar um fim nisso... -- falou consigo mesmo. Nunca havia se envolvido emocionalmente com alguém e tinha quase certeza que era isso que o Haitani queria. Acariciou o cabelo da menor a vendo suspirar.

Pouco tempo se passou e a porta foi aberta rapidamente, não por Ran e sim por Kakucho. O Alfa se escorou na porta olhando para o Ômega que não desviava o olhar de sua filha.

- Que história é essa que chamou aquele Haitani pra sua casa?

- O Mikey te contou não foi? -- perguntou ainda sem o olhar.

- Sim contou, por que o chamou para cá? -- Izana finalmente o olhou respirando fundo.

- Ele queria conhecer a Saki, não sei qual o problema de chamar o Ran para cá. -- Kakucho cruzou os braços o encarando. Izana sabia bem que o Alfa odiava os Haitani, nunca entendeu essa raiva mas não pensava muito nisso, afinal, os irmãos eram seus sócios.

- Eu não confio neles. -- foi até Saki que escutava a conversa curiosa, agora já sentada no sofá. -- Vou ficar aqui, caso ele tente algo contra você ou contra a Saki pelo menos posso evitar.

- Você se preocupa demais com a Saki. -- Kakucho se ajoelhou na frente da menor começando a brincar com suas bochechas gorduchas.

- Com você também, tanto minha pequena quanto você precisam de cuidados. -- Saki estendeu os braços para Kakucho que imediatamente a pegou no colo a girando.

- Sua pequena? -- Izana olhou para o outro enquanto se lembrava da mensagem de Ran, eram as mesmas palavras mas as sensações que sentia em relação a quem falava eram diferentes. Não se importava se Kakucho a chamasse assim, mas com Ran, se sentia incomodado. Tudo pelo fato da menor ter o sangue de Kakucho.

- Sim, minha pequena. Pode não ser minha filha de verdade mas a considero como minha. -- riu fazendo cócegas na menor que ria sem parar. -- Além de que ela tem os olhos e o cabelo parecidos com os meus. -- riu acariciando os cabelos pretos e lisos e a beijando no canto do olho. -- As vezes até acho que ela é minha filha.

- Não seja idiota.

- Quando foi que a gente fez ela hein? -- perguntou brincando vendo Izana revirar os olhos.

- Se ela fosse filha sua, acha que eu não te cobraria pensão? -- entrou na brincadeira.

- Não precisaria cobrar porque se ela fosse, eu iria assumir ela. -- respondeu rindo. Em meio as risadas de Kakucho e Saki ouviram a campainha tocar.

- Ran! -- Saki imediatamente desceu do colo do Alfa. Izana se levantou e foi até a porta enquanto Kakucho se sentava no sofá, viu finalmente o de cabelos roxos e curtos entrar na sala sorrindo, o que mais lhe incomodava não era apenas o sorriso carismático que dava para Izana e sim, Saki o olhar surpresa.

Segredos (KakuIza) (em hiatos)Onde histórias criam vida. Descubra agora