Dores de crescimento

17

Harry acordou com um sorriso. Ele estava muito quente e algo escorria suavemente por sua bochecha. Abrindo os olhos, ele sorriu ao encontrar Draco apoiado ao seu lado sorrindo. A cortina branca e loira de cabelo estava pendurada sobre seu ombro e se acumulava atrás e entre eles. Harry enrolou os dedos sonolento e fechou os olhos novamente.

"Bem? Você não vai me contar?" Draco exigiu, mas Harry podia ouvir a brincadeira em sua voz e sabia que seu amigo não estava realmente bravo.

"Talvez." Ele sorriu e aninhou-se ainda mais nos cobertores ao seu redor.

"Ah. Entendo como é." Draco bufou e caiu de costas, cruzando os braços sobre o peito enquanto olhava para o teto. "Agora eu tenho que pensar em uma punição apropriada por negar o importantíssimo Senhor da Família Malfoy."

Harry riu e deu um tapa no peito de brincadeira, os olhos verdes brilhantes e felizes. "Não seja um idiota. Não há muito a dizer de qualquer maneira. Lembro-me de meu primo ser um valentão e ter toneladas de tarefas domésticas e nenhum amigo na escola e ser colocado no armário, mas tio Válter não me bateu nenhuma vez. Ele ainda é tenho medo que minha magia o pegue se ele fizer isso de novo. As coisas estão indo muito bem em casa.

Draco virou-se para encará-lo e com seu braço livre gentilmente tirou o cabelo preto e rebelde do rosto de Harry. "Querido, você sabe que tudo isso não está bem, certo? Mesmo que as coisas estejam melhores em casa agora, não significa que está tudo bem ou que você deveria estar feliz com isso."

"Eu sei, Ray." Harry prometeu. "Sério. Eu sei disso agora. Mas por que pensar nisso? Estou aqui com você, papai e Moony. Isso não importa mais."

Draco sorriu e beijou castamente seu amigo antes de se levantar da cama. "Talvez possamos voar. Mal posso esperar para mostrar a você! Encontrei este ótimo livro de Quadribol quando mamãe me levou embora e esqueci de mostrá-lo para você com tudo o que está acontecendo, mas teremos tempo hoje . Se nos unirmos, poderemos até convencer papai a nos deixar sair.

"Teremos uma chance melhor se esperarmos quando papai voltar ao trabalho e perguntarmos a Moony." Harry sugeriu enquanto vestia as roupas que Draco lhe entregou.

"Boa ideia." Draco sorriu maliciosamente. Isso se transformou em verdadeira diversão quando ele olhou para seu amigo menor. "Você nem precisa de um feitiço para dimensionar essas roupas, mas mal consigo vesti-las."

"Isso é porque você está engordando." Harry fungou.

"Não estou! Você é muito magro!" Draco protestou, indignado.

Harry riu e saiu correndo da sala. Draco o seguiu, gritando ameaças, embora seus olhos brilhantes dissessem a qualquer um que quisesse olhar que ele não estava realmente bravo. Ele estava feliz demais para ficar chateado. Era difícil ficar com raiva quando seu Harry o enchia de bom humor genuíno. Era assim que Harry sempre deveria se sentir.

"O que vocês dois estão fazendo?" Remus perguntou enquanto sorria para o garoto que colidiu com ele.

Ele levantou Harry em seu colo e teve que esconder uma carranca ao ver como Harry ainda era leve e pequeno. Draco parou e olhou para eles com fúria fingida. O loiro havia crescido, Remus notou, e sutilmente lançou um feitiço de dimensionamento no pequeno Lorde. O loiro deu um sorriso rápido e depois voltou a repreender o menino menor em seu colo. Harry tentou parecer arrependido e devidamente castigado, mas estava tendo dificuldade em reprimir o riso com as mãos.

Severus veio até a mesa da cozinha e passou os olhos pela cena. Harry estava sentado no colo de Remus e Draco dava uma bronca sonora no moreno. Remus estava sorrindo para Draco e lançando olhares de reprovação para Harry ao mesmo tempo. Eventualmente, Draco perdeu o fôlego e o autocontrole e começou a rir. Harry também desabou e Remus olhou para ele com olhos exasperados e alegres.