13° capítulo

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AIDEN DARK

Problemas e mais problemas. É nisso que se resume a vida de um CEO dono de uma empresa multimilionária.

Estou bastante entretido com alguns papéis que preciso assinar para poder fechar alguns contratos quando, de repente, a porta se abre.

Ao levantar os meus olhos, me deparo com a Laura na porta, um pouco ofegante.

De início, fico bastante surpreso com a sua aparição, ainda mais desse jeito, afinal, eu havia deixado bem claro que era para ela ter tirado o dia de folga.
Assim que me recupero um pouco do susto pela forma como ela entrou, resolvo perguntar o porquê da sua presença aqui, mas ela me corta antes mesmo que qualquer palavra saia da minha boca.

– Eu aceito. Eu aceito me casar com o senhor.

Assim que ela termina de falar, não consigo conter o sorriso que insiste em estar no meu rosto. Me levanto apressadamente e me aproximo dela, mas no momento em que a vejo recuar paro no mesmo lugar. Coço a garganta para quebrar o clima constrangedor que ficou depois disso e falo.

– Sente-se, precisamos conversar e estabelecer algumas regras.

Dou meia volta na mesa e sento, convidando-a para se sentar também numa das cadeiras do outro lado da mesa.

Depois de nos certarmos, acabo confessando que fui um pouco exagerado ao dizer casamento... Afinal, vai ser mais como uma "namorada de mentira". Não deixo de notar que assim que falo isso, ela relaxa mais, como se tivesse tirado um peso de seus ombros.

– Arg, vou ligar para o Matheus, afinal, vai ser ele quem irá fazer o contrato. – Ela apenas acena com a cabeça e parece meio aérea.

Assim que o Matheus chega, começamos a discutir algumas questões sobre o contrato e colocamos algumas regras, quando, de repente, percebo a Laura um pouco inquieta, como se quisesse dizer algo, porém está com vergonha de dizer.

– Deseja acrescentar alguma coisa, Laura? – pergunto para ver se ela diz o que a está incomodando.

– Para falar a verdade, sim. – Confessa um pouco envergonhada. – Bom, é que... – Começa ela gaguejando. – Eu queria que colocasse que não vai ser preciso, err, o senhor sabe, ter relações mais íntimas assim. – Termina ela se embolando toda com as palavras, me fazendo prender uma gargalhada.

– Você quer que eu coloque que não vai ser preciso vocês manterem relações sexuais, é isso? – pergunta o Matheus com a sua típica sem-vergonhice, com o único intuito de deixá-la envergonhada... E consegue.

Assim que ele termina de falar, ela se encolhe em sua cadeira e assente, ficando com a cara ainda mais vermelha do que já se encontrava. Confesso que achei graça.

– E também queria acrescentar que o senhor não pode ter outras pessoas. – Antes mesmo que eu fale alguma coisa, ela faz questão de se justificar depois de eu semicerrar os olhos para ela. – É que eu não quero ser chamada de corna e tal.

Dessa vez, eu não me aguento e acabo rindo da sua vergonha ao falar as coisas.

– Pode deixar, Laura, isso também não seria bom para mim. – Digo, pois complicaria um pouco se a Eduarda levasse ao juiz dizendo que não sou fiel à minha "namorada".

– Senhor Dark, se me permite perguntar, por qual razão o senhor precisa de uma namorada de mentira? – Ela pergunta como quem não quer nada, mas não deixo de notar a curiosidade em seu tom de voz.

Depois de explicar toda a situação para ela, prosseguimos com a nossa pequena reunião.

....

– Tudo bem, pombinhos, vou preparar o contrato e acrescentar o termo de confidencialidade.

– Deseja acrescentar mais alguma condição? – Pergunto me dirigindo a ela, assim que ele sai da sala.

– Na verdade, não é bem uma condição, mas sim um pedido. – Me limito a fazer apenas um gesto para que ela prossiga.

– O senhor disse que me ajudaria em relação ao meu pai. – Fala um pouco relutante, como se não quisesse estar a dizer isso. – Preciso dessa ajuda o mais rápido possível.

– É só falar que tentarei resolver o mais rápido possível. – Falo para assegurá-la de que irei cumprir com a minha palavra.

...

Depois dela me explicar toda a situação do pai, ela se vai com a garantia de que irei fazer a minha parte do acordo e arcar com todas as despesas.

A cada segundo fico mais e mais curioso para descobrir o que aconteceu com o seu pai para estar em coma, mas infelizmente no momento não tenho tempo para investigar isso. Preciso me focar em ganhar a guarda da minha pequena.






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