4° Capítulo

64 6 0
                                    

A vento fresco soprou sobre a pele de Suna enquanto caminhava pelo extenso jardim da família Campana completamente decorado.
Os lírios brancos cobriam o enorme corredor, enquanto seus olhos estavam fixos ao homem um tanto distante.

O mês passou rápido o suficiente para que os preparos do casamento fossem completos e que a ira de Otávio se acalmasse.

Os olhos de Kaya encontraram lentamente a mulher caminhando em sua direção.
O vestido de gola alta deixava os braços a mostra e o véu mediano escondia seus cabelos.

Ele rezou, silenciosamente, durante aquele mês para que ela não desistisse dele.
Não desistisse daquela loucura.
Afinal, Suna era o ponto crucial para iniciar sua vingança.

Suna o via como sua salvação.
O primeiro homem que havia enfrentado seu pai de peito aberto e estava disposto a acolhe-la, mesmo com tantas marcas no passado.

Claro que o preço seria pago, mas estava satisfeita em apenas livrar-se de seu pai.

— Suna Amara Aslan, você aceita Kaya Daniel Campana como seu legítimo esposo, para amar, respeitar e se submeter, até que a morte os separe?— a voz do mestre de cerimônia soou, fazendo-a duspertar-se de seus pensamentos.

Passará tempo demais observando os olhos de seu futuro marido.

— Sim.— a voz de Suna soou calma, deixando um singelo sorriso surgir por seus lábios, desviando os olhos para Kaya.

O homem a observava com atenção.
Os dedos unidos aos seus tremiam, gelidos, mas ainda apertavam sua mão com toda força.

— Kaya Daniel Campana, aceita Suna Amara Aslan como sua legítima esposa, para amar, respeitar e proteger, até que a morte os separe?— novamente o mestre de cerimônia repetiu a frase, esperando sua resposta.

Kaya respirou fundo, sentindo o coração apertar.
Estava colocando Suna em extremo perigo, no entanto, faria o impossível para protege-la.

— Aceito.— Kaya disse firme, sentindo-se vigiado por Suna.

— Pelo poder concedido a mim, eu vos declaro casados. Pode beijar a noiva!— o mestre de cerimônia sorriu largo, apontando para os noivos.

Os olhos de Kaya observaram o rosto vermelho de Suna.
A mulher desviava os olhos avidamente, talvez estivesse tão ansiosa quanto ele, mas ainda assim preferia fingir que não.

— Com licença!— o homem suspirou, envolvendo o rosto de Suna entre os dedos.

Lentamente, as iris negras observaram o rosto de Kaya sério.
Um arrepio surgir pela espinha de Suna. Já havia o beijado antes, no entanto não diante de tantos olhos, não diante do acordo que tinham.

Pensava se estaria tudo bem se consolar com os lábios de Kaya.
Ser afagada por suas mãos e se perder em seus braços.

O homem se aproximou lentamente, observando a mulher fechar os olhos, antes de ouvir o som estrondoso do portão da mansão se abrindo.
Uma massa de repórteres invadiam o enorme jardim, junto as câmeras fotográficas.

— Senhorita Suna, é verdade que foi abandonada no altar por Felip Campana?— um das vozes estridentes gritavam se aproximando da cerimônia.

— Senhor Campana como se sente com a falta de responsabilidade de seu neto?— Mais uma pergunta surgiu, um tanto mais firme.

— É verdade que Kaya foi a salvação do acordo entre Campana's e Aslan?— uma terceira voz soou junta flash indesejados.

— Por favor, saiam!— a voz de Maira de fez presente, afastando os fotógrafos de paparazzis do centro da cerimônia.

Sol da Meia Noite Onde histórias criam vida. Descubra agora