11° Capítulo

101 5 0
                                    

O problema na empresa na qual Samuel estava tão preocupado, se consistia em um enorme arrombou no setor econômico da sede.

Cassiano havia roubado parte de uma grande e milionaria campanha, antes de raptar Márcia.
E Felip havia desviado dinheiro para uma conta no exterior.

Mas o pior Suna já havia resolvido.
A lavagem de dinheiro e falsificação de documentos circulando dentro da maior rede de joalheria daquele país.

A família Campana estava por trás da sujeira da própria empresa, coisa que foi resolvido com uma ligação para um promotor, que iniciou as investigações e os processos contra o nome de Felip e Cassiano.

Nada ficaria empune, não quando Suna estava sacrificando seu luto para resolver seu futuro.

Naquela mesma noite Kaya foi liberado do hospital por muita insistência, prometendo ao médico que se cuidaria e estaria presente em próximas consultas.

No entanto, o homem não teve tempo de parar.
Mal saiu do hospital e já se encontrava no lugar que escapou por um fio de um metro.

Seus passos pesados alcançaram o lugar que evitava pisar a muito tempo.
Havia se certificado de deixar a mãe de olho em Suna durante o funeral, para caminhar até o túmulo do homem que jurou vingar.

E lá estava Kaya, com os pés parados em frente a enorme lápide de pedra gravada o nome de sua pai.
Abaixou-se minimamente, tocando a pedra esculpida.

Finalmente havia descoberto.

Minutos antes de receber a Auta do hospital, Samuel trouxe para um conversa o promotor que havia acabado de voltar de licença gala.
Yan havia se comprometido em investigar o caso do amigo.

— A notícia que vim trazer não é boa, Kaya...— a voz de Yam surgiu cansada.

— Só diga logo!— Kaya pediu. Não estava preparado pra saber, mas ainda assim precisava aliviar sua né te daquele assunto.

— Ao que tudo indica... A autópsia do seu pai e as informações encontradas com Cassiano, Daniel foi assassinado. Seu pai foi empurrado da escada e o culpado é seu tio.— Yam explicou com pesar, observando o amigo cobrir os olhos com uma das mãos, segurando o choro.

— Quero entender como esse desgraçado escondeu isso por tanto tempo... Como nunca desconfiei... Me perdoe, pai... Eu fui cego!— as lágrimas de Kaya caiam sobre a terra, abaixado sobre o túmulo do homem.

Havia negado a si mesmo desconfiar de sua família, mas os últimos acontecimentos o fez repensar o que estava realmente fazendo para descobrir a verdade.

— Você não tem culpa...— a voz surgiu, tocando o ombro do filho.

— Ela está morta e ele também, e por minha causa demoramos mais que o possível para encontrar o culpado.— Kaya praguejou, levantando-se por fim, sem ter coragem de olhar para Maira.

Lentamente, a mais velha tocou os ombros de Kaya, virando-o para si.
Mesmo que tudo que fez para descobrir a verdade fosse em vão, a morte de Daniel morreria com a verdade de Cassiano.

— Kaya... Daniel e Susana teriam orgulho do homem que você se tornou. Agora você tem uma vida. Um amor para lutar...— Maira envolveu o rosto do filho, acariciando suas bochechas.

— Eu quero ter a coragem dele, que escolheu lutar pelo amor dele, sem se importar com o passado...— o homem suspirou, finalmente encarando os olhos castanhos da mulher.

— Kaya... O que falei com Suna...— Maira tentou dizer.

— Maira, você foi o amor da vida do meu pai. Sei que tivemos nossas desavenças no passado, mas você me criou como nunca pensei que poderia ser educado. Você me deu uma nova vida. Você é minha mãe.— a voz de Kaya surgiu como a um murmúrio, envolvendo os ombros da mulher nos braços, trazendo-a para perto.

Sol da Meia Noite Onde histórias criam vida. Descubra agora