5° Capítulo

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O café não durou, pois Alina surgiu cedo na mansão, trazendo consigo uma equipe de filmagem e fotografia para o início das divulgações da próxima noite.

A porta do quarto fora aberta de supetão, assustando a mulher, que terminava de amarrar suas sandálias.
Seus olhos voltaram-se para o homem em frente ao espelho que suspirou pesadamente.

— Você quer que eu saia?— a voz de Suna surgiu fraca, encarando o rosto irritado do marido pelo espelho.

— Não.— Kaya soou firme, antes de virar-se para encarar mãe, que trancava a porta do quarto.

Maira voltou-se para o filho, encarando-o com certa raiva.

— Você não fez, não é?— a mulher tremia de raiva, com os olhos presos a Kaya.

— Mãe...— o homem suspirou, levando ambas as mãos aos bolsos, desviando os olhos da mãe.

Pensou que aquela questão havia sido encerrada, mas sua mãe parecia irada o suficiente para faze-lo repensar.

— Me diga!— Maira alterou a voz, avançando sobre o filho.

— O que está acontecendo?— Suna preocupou-se, levantando-se da poltrona.

— Suna, por favor...— o homem suspirou, levantando uma das mãos na direção da esposa para que se acalmasse.

Preocupada, Maira virou-se para nora, tomando seus ombros em mãos, aproximando-se violenta.

— Ele tocou em você? Suna, me responda! Vocês fizeram...— a voz de Maira surgiu baixa, encarando a nora, antes de voltar os olhos para o filho que se aproximava.

— Sexo? Não mãe! Suna e eu não transamos e não acho que isso seja da sua conta!— Kaya cerrou os dentes, puxando Suna para suas costas.

Irritada, Maira levantou a mão, acertando-a espalmada no rosto de Kaya, fazendo-o cambalear para trás.

— Maira!— a voz de Suna soou assustada, cobrindo a boca com ambas as mãos, enquanto encarava o corpo de Kaya ainda imóvel.

— Não, Suna... Está tudo bem.— o homem suspirou um tanto baixo, antes de voltar a encarar a mãe.

— Santo Deus!— a morena exclamou, notando a marca vermelha sobre o rosto do marido.

Percebendo o que acabara de fazer, Maira aproximou-se, tomando o rosto de Kaya, notando a marca de seus dedos sobre a bochecha do filho.

— Como você... Filho...— sua voz falhou, sentindo os punhos serem afastados pelo mais novo.

— Nem você percebe o quão parecida com eles você é! Você diz que não preciso de nada, mas nem o respeito dessa família eu tenho.— Kaya murmurou entre os dentes, encarando os olhos chorosos de Maira, antes de sair do quarto, irritado.

— Suna... Ele te tocou?— Maira perguntou mais uma vez, encarando a porta ser batida com força.

— Não Maira. Kaya foi respeitoso e entendeu que eu ainda não estou pronta.— Suna suspirou, observando os olhos confusos da mais velha.

— Não faça isso. Não acabe com sua vida por conta de uma vingança. Não se entregue.—  a mulher tomou as mãos de Suna as suas, tentando convence-la.

Suna puxou seus dedos, afastando-se da mulher minimamente.

— Você não entenderia. Tudo que sempre tive foi violência e ordem. Estou livre. Kaya me fez livre.— Suna suspirou cansada, encarando a mulher.

— Você está estrando em uma prisão pior!— Maira insistiu.

— Não importa pra mim. Estou livre e vou ajudá-lo no que ele precisar. Sou sua esposa agora. E nem você pode fazer alguma coisa. Maira eu a respeito, mas não volte a tocar nele dessa forma, ou vou tomar as medidas precisas.— a mais nova cerrou os dentes, passando a caminhar em direção a porta.

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