8° Capítulo

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A noite caiu tão rápido quanto Suna conseguiu ver.
O jantar havia sido servido e Suna acompanhava Maira durante a reunião do ninho de cobras que se chamavam de família.

— E onde está Kaya? Achei que não se desgrudariam mais!— Ana caçoou, encarando Suna sentada em seu lugar.

— Houve um problema no escritório. Ele está trabalhando para concertar.— Suna explicou, voltando os olhos para Cassiano, que parou de mastigar por alguns minutos ao notar os olhos alheios sobre si.

— Não seria possível fazer depois? Você estão tão apaixonados, não é?— Ana continuou a provoca-la.

— Ana!?— Maira praguejou, irritando-se.

Os dedos de Suna alcançaram o ante braço da mulher sobre a mesa, chamando sua atenção.

— Deixe, sogra... Kaya chegará a qualquer momento. Agora, o que estou curiosa é como se sente se tornando avó, Ana. Deve estar empolgada!— a morena suspirou, antes de voltar os olhos para a mulher a sua frente.

Maira a encarava, ainda em choque.
Aquela era a primeira vez em meses que Suna a chamava de "Sogra".
Sentia borboletas no estômago e a enorme vontade de chorar.

— Talvez...— Ana pigarreou, voltando sua atenção ao jantar.

A mais velha aproximou-se da nora minimamente cochichando.

— Você é diabólica garota.— Maira sussurrou.

— Eu tive um bom professor.— Suna respondeu, mão conseguindo esconder o sorriso.

Admitia que observa Kaya por algum tempo havia lhe feito adquirir algumas de suas manias.

— Como está a criança, Sara?— a voz de Edson surgiu curiosa, encarando a Aslan mais nova.

— Por enquanto fui a apenas uma consulta. O feto tem apenas treze semanas, então não sabemos muito...— a voz de Sara finalmente surgiu, ainda tímida.

— Mas isso é ótimo, Sara! O bebê já tem um mês. Já podem planejar o futuro. Os nomes. o enxoval...— Maira soou eufórica, observando a irmã de Suna sorrir esperançosa.

— O casamento! Essa criança é um Campana... Seria o certo, não é Avó?— Suna soou curiosa, voltando os olhos para Edson, que apenas sorriu e concordou com a cabeça

— Avô?— Felip praguejou alto a audácia de Suna a se referir a Edson.

— Felip!— Cassiano o repreendeu, em vão.

— Como assim essa maluca se casa com aquele bastardo e já tem intimidade a esse nível!— O mais novo volta a ofender, gritando alto.

As mãos do patriarca chocam-se a mesa, fazendo o silêncio finalmente reinar sobre a mesa de jantar.

— Calado! Eu quem dei autorização a Suna para me chamar de avó, e Kaya é meu herdeiro! Eu quero respeito!— Edson cerrou os dentes, encarando o neto, irritado.

— Desculpe avô, eu não queria causar tanta confusão. Com licença.— Suna abaixa a cabeça, antes de empurrar a cadeira para trás e se levantar.

— Suna! Olha só o que você fez!— Maira alterou-se, levantando-se também.

— Você perdeu o juízo, Maira?— Ana praguejou, encarando a mais velha.

— Não, Ana, só estou protegendo o que resta da minha família. Não vou admitir que tentem nada contra Suna!— a mulher cerrou os dentes, antes de seguir em direção ao quarto, onde Suna batia a porta. — Você está bem querida?— Maira soa preocupada, abrindo a porta.

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