ɴᴏ́s ᴛʀᴇ̂s/ɴᴀʀᴜsᴀsᴜ ᴀʙᴏ

04

Eu estava no meio do morro,ouvia tiros por todo lugar,os barulhos altos faziam meus ouvidos sangrarem,uma gritaria sem fim e barulhos de explosões por todo lado.

—Memma!–Eu corri,corri para onde o cheiro fraco dele emanava,uma escadaria perto de casa,enquanto ouvia tiros e pessoas correndo,era terrível,militares e os homens do Kurama trocando tiro enquanto os moradores eram mortos.

Até os próprios militares e os vapores do kurama também,quando cheguei com dificuldade à escadaria eu vi minha família inteira morta,minha mãe,meu irmão,meus cunhados,Karin,Suigetsu,Sakura e até meus amigos Neji e o marido e Gaara e o marido,eu gritei horrorizado quando vi também o corpinho pequeno do meu filho envolto nas mãos do meu cunhado sem vida,gelado.

—ISSO FOI CULPA SUA!–Uma voz alfa gritava atrás de mim,enquanto eu chorava me virei para ver quem era.

—NÃOOOO!–Eu gritava enquanto ele falava bruto  comigo se aproximando cada vez mais,foi quando eu vi um corpo atrás dele,um corpo grande,bronzeado pelo sol,com cabelos loiros e marquinhas nas bochechas.

—NARUTOO!–Eu corri até ele,e por mais que eu corre-se não o alcançava de jeito nenhum,e aquela voz continuava gritando comigo.

—ACORDE,A CULPA É SUA!–E quanto mais eu corria mais longe eu ficava,eu estava aos prantos,sentindo uma dor imensurável,quando senti uma mão quentinha no meu braço.

—Sasuke,acorde!

E eu abri os olhos,foi  só um pesadelo,um dos piores que eu já tive,um dos mais amedrontadores que eu já tive,minha família toda estava lá,menos o meu casal noiado(Karin e Suigetsu)já que estão morando na mesma casa.

Eu olhei para todos ali,eu estava todo suado e as lágrimas tomavam meu rosto,minha mãe olhou para mim apreensiva enquanto eu me sentia patético,e ainda com muito medo,muito mesmo,Memma chorava nos braços de Shisui que era um dos únicos que sabiam tomar conta de um bebê.

Eu abaixei minha cabeça,enquanto aquela memória não saia dos meus pensamentos,parecia que eu podia ouvir aquela voz gritando e gritando na minha cabeça,enquanto eu via todas as pessoas que eu amo mortas pelo chão como se não fossem nada,como se os civis do morro não importassem para ninguém,eu acabei voltando a chorar e para tentar parar com essas vozes eu bati,bati forte na minha cabeça.

—Sai,sai,sai,SAI,SAI,SAI DAQUI!SAAAAIII!AAAAAAAAA!–Eu gritava enquanto batia na minha cabeça,mais e mais forte,enquanto minha mãe segurava meus braços e Itachi meu corpo por trás.

—Tá tudo bem filho,eu tô aqui.–Eles seguraram minhas mãos e pernas para eu não me bater mais,enquanto eu tentava,por que a voz continuava ali,me importunando,me assombrando.

—SOCORRO!SAI,SAI,SAI!AAAAAAAA.–Eu gritava mas ela não saia,ela não ia embora e meus ouvidos estavam começando a doer,até que eu senti alguém me abraçar forte e uma música tocar,e a voz começar a sair mais baixa até sumir da minha cabeça.

—Tá tudo bem,eu tô aqui,estamos aqui e não vamos sair do seu lado.–Eu conhecia bem essa voz e essa música também,meu irmão tinha colocado nossa música,era a música que eu mais amava desde que ele há apresentou para mim.

Eu fui saindo do transe,e quando só estava lacrimejando ele me pegou no colo e me levou até o banheiro,ficando só nois dois lá ele perguntou se poderia me dar um banho e eu disse sim.

Um banho quentinho de banheira,enquanto eu me envergonhava da minha recente crise de pânico pós pesadelo.
Eu gostaria muito de agora parar com os remédios controlados,mas,por causa do meu médico eu parei por um tempo por causa da gravidez e quase fui de arrasta.

—Tá tudo bem,eu estou aqui e sempre vou estar.–Itachi falou e eu o olhei sorrir para mim enquanto me dava banho,quando acabou  me ajudou a voltar para o quarto e me ajudou a me vestir,só uma camisa pequena e uma cueca.