★彡[ɪᴍᴀɢɪɴᴇꜱ]彡★ 𝕯𝖚𝖘𝖐𝖜𝖔𝖔𝖉

𝕴𝖒𝖆𝖌𝖎𝖓𝖊 - Nymos

AVISINHO: esse capítulo é fofo e não tem nada trágico diferente dos outros que escrevi ahaha, aproveitem.

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'' Você está se apaixonando? eu sinto que você está.''

Seis meses depois do caos, tudo acabou, sem Homem sem rosto, sem governo, sem depoimentos, apenas eu e Jake, família, nós finalmente assumimos o namoro e finalmente não precisamos fugir.

Estamos voltando para nossa casa em Duskwood depois de uma viagem a Colville, Jake queria finalmente conhecer meus pais e assim os fizemos, meu pai o encheu de perguntas e minha mãe empanturrou meu namorado de tanta comida, não sei em que semestre de faculdade de maternidade as mães aprendem a fazer isso, mas todas são assim.

O dia está nublado e uma forte tempestade nos atinge, Jake liga o para-brisa e aquele barulho nostálgico invade meus ouvidos, escoro a cabeça na janela e admiro a paisagem, as grandes arvores que a chuva atingira, inundando a terra que transmitirá instantaneamente o cheiro de nossas infâncias.

Não sei se o clima melancólico misturado com nostalgia me deixou reflexiva, mas um filme de tudo o que nos aconteceu passa pela minha cabeça, e se Hannah não tivesse errado o meu número? quais as chances? ali eu reparo que, uma simples ação de causa e efeito, um simples bater de asas de uma borboleta, teoria do caos, que seja, pode mudar tudo, eu nunca teria conhecido Jake, e meu Deus eu agradeço tanto por ter acontecido, percebo que tudo tem um motivo, o incidente do passado contribui para nossas histórias, nada é por acaso, e agora eu percebo o quão sortuda eu sou, por ser quem eu sou no universo que estou.

Sim eu sei, parece que usei drogas ou algo do tipo, mas não, acho que sempre fui suscetível a crises existenciais, não me importo se pareço uma louca, acho que todos nós somos um pouco loucos, qual o sentido de viver sã em um mundo tão anormal?

— Terra para S/n! — Jake afirma me tirando do transe, ele estala um dedo ao meu lado o que me dá um leve susto, olho para ele que ri da minha reação.

— O que se passa por sua cabeça? parece que não está comigo, mas em outro lugar — ele diz.

eu rio — eu estava pensando — afirmo ficando em silêncio por uns 3 segundos — em tudo o que aconteceu.

Ele acaricia minha meu rosto com a mão direita enquanto dirige com a outra — não fique presa no passado meu bem, nós estamos no aqui e agora, sei que tudo aconteceu rápido e de forma traumática, mas eu estou aqui certo? pode contar comigo pra tudo e resolveremos qualquer coisa juntos, nunca me emita nada que esteja te incomodando, nós somos partes de uma mesma pessoa.

Sorrio, eu não sei de que forma ele encontra essas palavras para me confortar, mas de qualquer forma da certo, porque ao seu lado me sinto segura, como se ele fizesse sumir tudo ao meu redor e só existisse só nós.

— Eu amo você — digo

Ele coloca a mão sobre a minha — eu amo você pequena, muito.

ele continua dirigindo quando escutamos um barulho de estouro alto no carro.

— ah merda — ele diz, liga a seta do carro e para o carro no acostamento.

— O que foi? — tento identificar sua expressão, ele suspira.

— pneu furou, para a nossa sorte — ele diz ironicamente.

— Não acredito, estamos a 25 km de casa, no meio da floresta em uma tempestade, não tem como piorar.

— espera ai — ele diz abrindo a porta e saindo do carro, o observo abrindo o porta malas e mexer em algumas coisas atrás no carro, o ouço xingar, ele parece nervoso, bate o porta malas e volta pro carro, seus cabelos estão molhados pela chuva, assim como sua roupa.