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Giro a chave na ignição e piso no acelerador, o que faz o carro dar um tranco.

— Aprendeu a dirigir com o sr. Anderson?

— Não, eu aprendi a dirigir com o meu pai e ele não era nada agradável. — respondo sem tirar o olhar do volante.

Dirijo pela estrada por uns 3 minutos.

— Sabe, eu não gosto do elemento surpresa a não ser quando eu o uso a meu favor, então se você me dizer onde estamos indo, talvez eu pense se me jogo deste carro em movimento. — ele diz mudando o assunto bruscamente

olho pra ele de relance — você não vai gostar disso, mas eu preciso de você

ele sorri, acendendo um cigarro e o tragando — Quem é a mulher que não precisa de mim? alías, porque eu não gostaria disso? 

— Narcisista, preciso de ajuda pra fazer algo e você foi a primeira pessoa que me apareceu.

ele faz uma cara estranha e então eu afirmo — qual é, não é isso que você pensou, não me chamo Hannah.

— Ohh — ele faz surpresa.

— não preciso fingir Phil, você não gosta dela — eu o observo com um olhar de desprezo — mas que merda Philip, meu carro vai ficar com cheiro de cigarro!

— relaxa gata, só me diz, o que é que você quer fazer? — ele diz colocando a mão com o cigarro pra fora da janela, pra disfarçar a fumaça.

— Tudo bem, são duas coisas, a primeira é que eu preciso ver um amigo meu, bem... não é bem um amigo, mas me deve um favor, e você vai comigo.

— Porque precisa de mim pra isso? 

— É que não é só pra isso, veja, nós estamos chegando e eu preciso te dizer para não tocar em nada e nem dizer nada ok? o pessoal é barra pesada.

ele me olha surpreso — barra pesada? você diz... drogas?

— drogas, documentos ilegais, armas, e queima de arquivo.

— Puta que pariu S/n, de onde você conhece esses caras?! e o que... o que tu quer fazer lá? — ele vira de lado, ficando de frente para mim, coloca o braço sobre o meu banco.

— Eu tenho um passado meio que... — porque diabos estou falando disso pro Phil? — enfim, eu conheci muita gente ruim, o que importa é, eu preciso de ajuda pra rastrear alguém e como sabe, não consigo fazer isso sozinha.

Ele fica em silêncio — Ah já entendi, você quer ir atrás do hacker não é?

— Olha, você conseguiu somar 2 + 2! — afirmo com sarcasmo.

— e porque eu te ajudaria a cometer suicídio? — ele pergunta.

— porque se você não vier comigo eu vou sozinha, alias, eu preciso de alguém pra dirigir quando eu precisar executar a segunda parte do plano.

— pera aí, tem mais?! isso está passando dos limites, e tudo isso pra que S/n? arriscar a vida por um cara que você nem conhece.

— Phil, eu amo ele — digo após um choque de realidade.

— você acha que ama ele, você nem sequer ouviu a voz verdadeira desse cara, nem o rosto, nem nada, o que você sabe sobre ele? e se tudo o que ele disse foi uma mentira? e se ele só estava te usando.

— PHIL CALA A BOCA! — grito, freio o carro bruscamente o que nos projeta pra frente, ele fica em silêncio, acho que eu o assustei — desculpa, eu... eu só preciso fazer isso ok? se você quiser pode descer, eu só achei que... que você pudesse me ajudar. — afirmo triste, evitando olhar para seu rosto.

Ele abre a porta do carro levemente e coloca um pé para fora, depois de alguns segundos assim, volta pro carro, bate a porta e  pega em minha mão.

 — você não pensou que eu te deixaria fazer isso sozinha né? 

Sorrio

— Eu posso ser um babaca, mas aprendi com minha irmã que, amigos são pra todos os momentos. E então? qual o próximo passo?

— Ir atrás do Jake.

— Certo, então faremos!



★彡[ɪᴍᴀɢɪɴᴇꜱ]彡★ 𝕯𝖚𝖘𝖐𝖜𝖔𝖔𝖉Onde histórias criam vida. Descubra agora