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Paro o carro na frente da fachada, é uma rua deserta, o chão é de lama e suja boa parte do meu carro que é branco, eu mereço, desço do carro e Phil faz o mesmo, olhamos a fachada do lugar que é como uma loja comum, caminhamos até em frente e eu logo afirmo.

— Fica atrás de mim ok? e não importa o que digam, não fale seu nome verdadeiro. 

Ele me olha desconfortável mas fulmina positivamente, me seguindo ficando há cerca de 8 metros de distância de mim, nós entramos na loja de fachada e eu caminho até uma porta ''secreta'' perto do balcão, lá está uma mulher de pé, ela usa terno e tem seus longos cabelos pretos preso por um rabo de cavalo.

Eu digo algumas coisas em seu ouvido e ela nos dá a passagem, caminhamos sobre um corredor escuro.

— o que você disse pra ela em? — Phil pergunta.

— um código, é eu sei, bem arcaico.

chegamos ao estabelecimento ilegal, Phil fica perto do corredor observando os itens á exposição e a venda, enquanto eu caminho ao balcão, avisto um cara com o rosto tatuado que conta algumas malas com notas de dinheiro, eu diria que há mais de 10 mil dólares ali, atrás dele há algumas armas de fogo á venda, de diferentes modelos, tamanhos, cores.

— memórias do passado, S/n. — reconheço a voz, é o filho da puta do Erik.

Sorrio falsamente — Cade o Nate?

Ele ri, arrasta um cartão na mesa com um pó branco — Cheira um pouco — ele diz esperando que eu responda ou reaja — Nate foi preso.

— Não uso drogas — afirmo sem esboçar reação, o desgraçado teve o que mereceu.

— e então, o que veio fazer aqui? 

— Eu quero que você rastreie uma pessoa pra mim — afirmo colocando um papel na mesa, o papel com o endereço ip.

Ele me olha rindo — e porque eu faria isso?

— porque vocês me devem um favor.

(silêncio, 3 segundos)

— certo, eu farei.

ele começa a digitar algumas coisas no computador, demora cerca de 2 minutos e a impressora imprime algo, ele me entrega o papel, porra, era só isso?

— Aqui.

Eu observo rapidamente o endereço, 25 km daqui.

— Olha, eu espero que saiba com o que está se metendo, esse seu amigo, se meteu em enrascada.

— Eu sei tudo o que preciso saber — afirmo, aponto com o dedo para trás dele — aquela, quanto custa aquela?

Ele olha pra trás e ri — Sério, você quer um revolver? saiba que isso não vai te ajudar, você tá se metendo com o governo.

— Eu perguntei quanto custa porra. — afirmo com autoridade.

— você continua ousada do mesmo jeito Ciny — ele afirma enquanto retira a arma do suporte e coloca sobre o vidro do balcão, apontando com o dedo para ela — mas que porra! porque insiste em me irritar com a merda deste apelido? — é uma Taurus 357 rosa, bem a sua cara, custa 5 mil dólares.

— ótimo, vou querer ela — Retiro um cheque do bolso e começo a assina-lo

— Espera, o que está fazendo? — ele indaga.

— 5 mil dólares, não é o seu preço?

— eu não disse que seu pagamento seria em dinheiro.

— eu realmente não entendi onde você quer chegar.

— quero dizer que você pode me pagar de outra forma, Nate disse que você faz bem.

Franzo o cenho, meu sangue ferve de raiva — como é que é?!

— Vamos Ciny, como nos velhos tempos, você ta acostumada nem diferença vai fazer.

— Você é um babaca mesmo, não vou satisfazer seus fetiches, eu tenho nojo de você.

— até parece que você não gosta sua putinha.

Fecho meus olhos e afirmo calmamente mas com um tom de voz severo, enquanto ranjo os dentes — Erik aceita a porra desse cheque bancário agora.

— VOCÊ NÃO ESCUTOU ELA? OU VOCÊ ACEITA ESSA MERDA AGORA OU VOU TESTAR SE A ARMA FUNCIONA EM VOCÊ! — Ouço a voz de Phil atrás de mim, ele bate na mesa de vidro, está com o punho cerrado e na defensiva.

Erik não esboça reação, parece que realmente não imaginava  — e você, quem é? 

— Sou o namorado dela, e você tem sorte de eu não estourar a sua cara com as coisas que você disse a minha mulher, vamos S/n — ele pega a arma e me puxa pela mão, ignorando completamente os 5 mil dólares.

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Olho para Phil enquanto dirijo — Obrigado.

(silêncio, 5 segundos)

— por me defender — continuo.

Phil se vira pra mim — Que porra foi aquilo S/n? quem é aquele desgraçado?

— é o amigo do escroto do meu ex, Nate, só por favor, esquece o que você ouviu.

— porque você quer essa arma S/n, onde estamos indo?

 — pra uma base do governo.

— o que?! — ele se inclina pra mim — você não me disse que o hacker estava preso.

— eu também não sabia, e sabe quem mais também estava preso?

(silêncio, 3 segundos)

— ótimo, e qual o seu plano? — ele indaga colocando as balas no reservatório da arma.

— não sei Phil, não tem o que fazer, você fica aqui no carro e espera a gente enquanto eu entro e procuro.

— Ah e você vai fazer isso sozinha?! parabéns, você é muito inteligente.

— tem uma ideia melhor, barman? — afirmo ironicamente.

— não posso deixar você se aventurar sozinha para a morte! 

—olha eu não quero discutir ok? não podemos nos dar o luxo de nos desencontrarmos, por isso você vai ficar quietinho na merda do meu carro e eu faço o trabalho sujo, alias, você não tem nada haver com isso.

— você ao menos sabe usar uma arma? — ele pergunta enquanto passa o dedo indicador sobre o cano da taurus.

— é o que iremos descobrir.

★彡[ɪᴍᴀɢɪɴᴇꜱ]彡★ 𝕯𝖚𝖘𝖐𝖜𝖔𝖔𝖉Onde histórias criam vida. Descubra agora