Agora é minha vez

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Agora é minha vez

Você vai ter que me escutar

Me enjoa seu sorriso de merda

Sua volta não me fez parar

Hoje eu sei onde quero estar

Seu glamour não vai me comprar

Hoje eu sei e não quero mudar

Não vou mudar!

(Agora é Minha Vez - Gloria)

O local mergulhou em uma penumbra densa, os contornos distorcidos pelas sombras que dançavam nos cantos. Um terceiro olho na testa do Doutor Estranho se abriu, parecia pulsar com uma energia sombria. Sua presença agora emanando uma escuridão que ameaçava devorar tudo à sua volta.

As vestes se tornaram um manto de trevas. O Darkhold, um tomo macabro, flutuava ao seu redor, como se fosse uma extensão de sua própria corrupção.

Ane Njordottir e seus companheiros assistiam atônitos enquanto aquela figura apocalíptica se aproximava, um sorriso macabro dançando em seus lábios corrompidos.

— Você é a chave para que eu possa recuperar a minha versão da Ane, a Ane que me ama!

Njordottir, com sua expressão séria, tentou compreender a enigmática afirmação dele.

— O que realmente aconteceu com a Ane desta realidade?

— Após a Feiticeira Escarlate e eu lutarmos por vários universos, causando destruição, seus amigos Karl Mordo, Homem de Ferro e Raio Negro vieram aqui para prender a Ane. Eles já tinham pego America Chávez e Wong, que estavam como reféns. Em busca de proteger meus fiéis companheiros, não hesitei em lançar feitiços que matariam os três energúmenos da sua patética realidade, mas Ane sempre foi a favor da paz. — As palavras do Doutor Estranho eram como um conto sombrio, e Ane ouvia atentamente, mesmo que suas mãos tremessem com uma mistura de confusão e medo. — Colocou-se no meio de um dos feitiços, também conjurando sua magia púrpura. Isso deu tempo para os calhordas fugirem com Wong e America. — Rangeu os dentes. — Não foi intencionalmente que lancei uma rajada de poder tão forte que matei a mulher que eu tanto amei instantaneamente, fazendo-a evaporar.

Um silêncio pesado pairou por um momento, quebrado apenas pelo eco das palavras acusatórias da asgardiana, ainda desacreditada do que acabou de ouvir.

— Você é um monstro!

— Não... Os monstros são seus amigos Illuminati. — Envolto em sua própria dor e raiva, recusou-se a aceitar a culpa. Seu desejo agora era vingança, e não havia espaço para remorso.

— Mas foi você quem matou a sua Ane! Não pode terceirizar a culpa de seus próprios atos aos outros, começando pelo fato de saber que o Darkhold é extremamente perigoso e mesmo assim foi lê-lo. — Confrontou-o, suas palavras ecoando na sala.

O feiticeiro, agora corrompido, não mostrou arrependimento. Em vez disso, ele direcionou sua ira contra Ane.

— Você já está esgotando a minha paciência! Exclamou, lançando um feitiço que a atirou contra a parede. A antiga rainha de Asgard sentiu a dor aguda, permanecendo no chão.

O Cavaleiro da Lua tomou o corpo de Marc. Sua capa branca ondulando como sombras inquietas. Shang-Chi preparou seus punhos, chamando os dez anéis, que vieram a ele reluzindo com uma luz mística, enquanto Wade Wilson correu para ajudar a ruiva a se levantar.

— Faz alguma coisa, gatinha ou não vamos tankar esse mago e vamos de comes e bebes.

— Não consigo usar meus poderes. — Retrucou, ainda sentindo as dores do golpe que levara.

Setevidas (Thor X OC X Stephen Strange)Onde histórias criam vida. Descubra agora